Sugestão:
Música na escola
Sempre presente no
dia a dia de crianças e adolescentes, a música agrada todas as turmas. Para
ajudar você a trabalhar com essa modalidade artística em sala da aula, montamos
um especial com reportagens sobre linguagem musical, canções para apresentar à
turma e atividades que estimulam o interesse dos alunos em diferentes estilos
de produção.
Composição musical na aula de Arte
Conheça o trabalho da professora nota 10 Áudrea da Costa Martins, vencedora do Prêmio Victor Civita 2009. Ela ensinou composição musical e edição digital de áudio aos alunos da 5ª e 6ª séries da EMEF São João Batista, em São Leopoldo, a 31 km de Porto Alegre.
Video
Ampliando
o repertório musical das crianças
Objetivo(s)
- Ampliar o
repertório musical das crianças
- Aprender a ouvir/apreciar músicas diversas
- Conhecer alguns poemas ou obras literárias musicadas
- Aprender a ouvir/apreciar músicas diversas
- Conhecer alguns poemas ou obras literárias musicadas
Conteúdo(s)
- Escuta musical
- Repertório musical
- Poesia
- CançõesAno(s)1ºTempo estimadoUm semestreMaterial necessárioVocê vai precisar de alguns livros e de um aparelho de som.
Para a realização desta sequência, sugerimos algumas obras musicais com as características pedidas pela atividade:
CDs: A Arca de Noé - volumes 1 e 2 (poemas de Vinícius de Moraes), Universal; De Paes para Filhos, de Paulo Bi (poemas de José Paulo Paes), MCD Records; Quero Passear, do Grupo Rumo, Palavra Cantada; Canções dos Direitos das Crianças, diversos artistas, Movieplay.Desenvolvimento1ª etapaIntrodução
Nesta sequência de atividades, além de ampliar seu repertório musical, as crianças podem conhecer um pouco mais sobre a canção, uma composição normalmente curta, que combina melodia com poesia.Na primeira atividade, leve o aparelho de som e apresente para a classe o que escutarão juntos. Conte às crianças que algumas das canções que vão ser ouvidas foram originalmente escritas como poesia. Esse é o caso, por exemplo, das faixas que compõem o CD A Arca de Noé, cujas letras são de Vinícius de Moraes, que só ganharam o acompanhamento da música muito tempo depois de terem sido criadas.
Leia os poemas, textos ou letras das canções antes e também depois de ouvir a música. Procure deixar ao alcance das crianças, os livros em que estão os poemas ou textos musicados, para que eles sejam manuseados após a roda de leitura e música, e também em outros momentos do dia.
Ao fim de um período, todos devem saber cantar as músicas aprendidas, e podem cantar com a gravação.
Faça com que a atividade de escutar canções e poemas musicados seja um momento especial: crie uma aconchegante roda de música, na própria sala de convívio diário, e realize esse encontro, por exemplo, duas ou três vezes por semana. Depois de conhecidas, as músicas passarão a fazer parte do repertório das crianças, e poderão ser tocadas e ouvidas em outros momentos do dia.AvaliaçãoQuando a atividade envolve música, é importante que o professor não compare as aprendizagens, mas que consiga observar as características de cada criança dentro do grupo. Ao escutar uma canção, elas não manifestam seu prazer e seu interesse da mesma maneira. Nem todas dançam ou batem palmas; algumas preferem se manter atentas, apenas escutando, o que não significa não gostar do que ouvem.
É importante que o professor reconheça as manifestações de prazer e desprazer de seus alunos diante da música. Ele pode organizar rodas de apreciação musical, em que todos conversarão sobre suas músicas preferidas, sobre porque gostam ou não de determinada obra. Com isso em mente, podem ser bons critérios de observação:
- As crianças incorporaram canções apresentadas na roda de música ao seu repertório? Cantam-nas espontaneamente?
- As crianças se interessaram em procurar e localizar os poemas/letras de canções nos livros?
- As crianças pedem, em outros momentos do dia, para que o professor toque as canções que escutaram na roda de música?
Quer
saber mais?
INTERNET
Declaração Universal dos Direitos da Criança - Unicef A poesia infantil no Brasil: um panorama histórico, por Luís Camargo (escritor e ilustrador de livros para crianças) A arca de Vinícius de Moraes(letras dos poemas e link para ouvir as canções) BIBLIOGRAFIA A Arca de Noé, de Vinícius de Moraes, Cia. Das Letrinhas; Poemas para brincar, de José Paulo Paes, Ed. Ática; Declaração dos Direitos das Crianças, documento elaborado pela Organização das Nações Unidas, a ONU. |
Fonte: Revista Nova Escola
SUGESTÃO - PLANO DE AULA COM FLEXIBILIDADE - DISCIPLINA ARTE
Músicas
de Carmen Miranda na flauta doce
Objetivo(s)
- Reconhecer a forma
refrão na música.
- Aperfeiçoar a técnica de execução na flauta doce.
- Aperfeiçoar a técnica de execução na flauta doce.
Conteúdo(s)
- Refrão.
- Técnica na flauta doce dentro da extensão Mi (3) ao Fá (4).
- Técnica na flauta doce dentro da extensão Mi (3) ao Fá (4).
Ano(s)
6º
7º
8º
9º
Tempo estimado
14 aulas
Material necessário
Letras
das músicas cantadas por Carmen Miranda,
partituras das canções interpretadas pela artista (Carmen Miranda: Melodias Cifradas para
Guitarra, Violão e Teclado, Eduardo Dussek, 155
págs., Ed. Irmãos Vitale, tel. 11/5081-9499, 82 reais), aparelho de som ou
computador, sites para pesquisa (como carmenmiranda.com.br e youtube.com), teclado, piano ou violão.
Desenvolvimento
1ª etapa
Inicie o trabalho
apresentando uma música da artista que seja conhecida e tenha um refrão
marcante, como Ta-hí
(Pra Você Gostar de Mim). Distribua a letra e
pergunte se os alunos já a conhecem. Não mencione nada sobre Carmen Miranda
ainda. Cante a música com eles algumas vezes e pergunte se sabem como se chama
a parte que se repete constantemente. Identifique com os alunos o refrão.
Distribua instrumentos de percussão ou peça que criem com percussão corporal um
acompanhamento para a música em que o padrão rítmico mude no momento em que o
refrão aparece. Liste no quadro exemplos de músicas que os alunos conheçam em
que apareçam refrãos. Peça como tarefa de casa uma pesquisa, na internet ou em
discos, de gravações da canção apresentada. O material deve ser levado para a
aula seguinte.
2ª etapa
Coloque as versões da
música que a turma trouxe para tocar. Compare-as. Leve para a sala uma versão
cantada pela artista. Investigue o que a turma já sabe sobre Carmen Miranda.
Proponha que pesquisem sobre ela e sugira uma apresentação com músicas da
artista para a comunidade escolar.
3ª etapa
Selecione no
repertório de Carmen Miranda músicas que tenham refrãos de fácil memorização e
execução instrumental, como Cai-Cai e Alô, Alô. Transporte o refrão dessas músicas para uma
tonalidade possível de execução na flauta doce dentro da extensão Mi (3) ao Fá
(4). Os alunos mais experientes devem poder tocar a canção inteira.
4ª etapa
Peça que os alunos
apresentem as pesquisas que fizeram sobre a artista e converse sobre sua
biografia. Toque ou execute uma gravação de Cai-Cai. Faça com que aprendam a cantar a música,
identifiquem o refrão, criem um acompanhamento com instrumentos de percussão ou
percussão corporal que se modifique na hora em que o refrão aparece. Pergunte
se seriam capazes de executar o refrão de Cai-Cai.
5ª etapa
Registre no quadro
apenas grafia de altura do refrão de Cai-Cai (não
escreva o ritmo). A grafia musical complexa do samba é ainda inacessível para a
maioria dos alunos nos estágios inicias de aprendizagem da flauta. A partitura
deverá ser utilizada apenas como referência para a execução que vai ser
realizada por audição (de ouvido). Toque o acompanhamento em um instrumento
harmônico (teclado, piano, violão). Determine como tarefa de casa estudar o
refrão de Cai-Cai. Entregue a grafia de altura da música toda para
os alunos mais experientes tentarem tocá-la inteira.
6ª etapa
Realize o mesmo
procedimento anterior para que os jovens executem na flauta doce o refrão do
samba Alô,
Alô. Cante com a turma o
samba-enredo Alô,
Alô Taí Carmen Miranda. Mostre que nesse
samba o refrão de Cai-Cai é utilizado e modificado. Converse sobre as
expressões presentes na letra do samba (como o apelido Pequena Notável),
explicando seu sentido. Proponha que pesquisem sobre o figurino e as
coreografias da cantora. Prepare os detalhes da apresentação do repertório
estudado para a comunidade escolar.
Avaliação
Produto
Final
Apresentação musical sobre Carmen Miranda.
Verifique se a turma consegue reconhecer o refrão em outras canções e se ocorreu o aprimoramento técnico na flauta doce.
Apresentação musical sobre Carmen Miranda.
Verifique se a turma consegue reconhecer o refrão em outras canções e se ocorreu o aprimoramento técnico na flauta doce.
Flexibilização
Para trabalhar as
noções de ritmo e de musicalidade com os alunos surdos vale investir em
recursos como a percussão corporal (desenvolvida com base nos movimentos
indicados por você ou realizados pelos colegas) ou em gestos que representem
variações na melodia da música, como por exemplo, abaixar nas notas mais graves
e levantar quando aparecem notas mais agudas. Alguns alunos também conseguem
tocar instrumentos de percussão, porque são capazes de sentir a vibração.
Apresente ao aluno surdo a letra da canção que será trabalhada, pois ele poderá
interpretá-la em libras, com a ajuda do AEE. Enquanto os colegas buscam
diferentes gravações das músicas de Carmen Miranda, o aluno com deficiência
auditiva poderá antecipar a etapa da pesquisa sobre a biografia da cantora e
apresentar os resultados para a turma. Também é possível mostrar aos alunos
como a música selecionada torna-se "visível" nas partituras e em
alguns programas de computador. As barras de áudio representam as oscilações na
melodia e podem contribuir para que o aluno toque junto com os colegas e
perceba as variações da música.
Deficiências
Auditiva
Fonte: Nova escola.
Como
criar uma galeria virtual de arte
Objetivo(s)
- Apreciar acervos
online.
Conteúdo(s)
Ano(s)
6º
7º
8º
9º
Tempo estimado
15 aulas
Material necessário
Desenvolvimento
1ª etapa
Para ajudar os alunos
cegos a navegar pelas galerias virtuais vale lançar mão de softwares
específicos para este fim, como o Jauss,
por exemplo. Mesmo assim, procure saber, antecipadamente, que noções este aluno
tem sobre as artes visuais (em especial sobre a pintura) e faça com que os
colegas sirvam como narradores das obras consultadas - comentando para o aluno
cores, formas e elementos que devem ser observados. No Google Art Project há
uma série de pequenos textos explicativos das obras, que podem ser consultados
pelo aluno cego com a ajuda do professor ou dos softwares já mencionados. Se
necessário, antecipe algumas etapas e conte com a ajuda do AEE no contraturno.
Você pode preparar materiais em braile sobre artistas e obras e imprimir
algumas pinturas, ressaltando elementos com cola de relevo, para que o aluno
aprimore sua apreciação.
Pergunte se alguém já visitou museus de arte e sabe os critérios para organizar uma coleção de arte. Explique que o curador é o responsável pelo trabalho e que, com base em propostas, escolhe as obras.
Pergunte se alguém já visitou museus de arte e sabe os critérios para organizar uma coleção de arte. Explique que o curador é o responsável pelo trabalho e que, com base em propostas, escolhe as obras.
2ª etapa
Apresente a lista dos
grandes museus e situe alguns no mapa-múndi para mostrar o quão distantes estão
do Brasil. Questione como a turma imagina que a internet pode ser útil para
encurtar as distâncias. Explique que certas instituições disponibilizam parte
do acervo na rede e que o Google Art Project reúne várias delas.
3ª etapa
Divida as crianças em
trios e incentive a navegação pelo Art Project. Sugira que visitem vários
museus. Chame a atenção para os tipos de coleção exibidos (arte moderna, por
exemplo), o ambiente (pintam as paredes ou utilizam cenários, por exemplo) e
oriente o uso da ferramenta de zoom.
4ª etapa
Divida as crianças em
trios ou quartetos e sorteie um museu para cada um. Peça que naveguem por ela,
apreciando o acervo, para apresentá-la aos colegas mais tarde. Se possível,
como tarefa de casa, o grupo deve explorar todas as instituições na internet
para que haja um debate após as apresentações. Supervisione as visitas virtuais
e as apresentações, acrescentando observações.
5ª etapa
Convide os alunos a
criar uma galeria virtual no Art Project e divulgá-la por e-mail para a
comunidade escolar. Os critérios para a seleção das obras podem ser vários - o
gênero (como paisagem ou retrato), a época ou a nacionalidade do artista, por
exemplo. É possível também organizar uma galeria que apresente os destaques de
cada museu. A turma deve recorrer ao que aprendeu durante a pesquisa e às
apresentações da etapa anterior para fazer as escolhas.
6ª etapa
Com o acervo pronto,
peça que cada estudante escreva uma legenda e registre na galeria. Sugira
explorar o site novamente para buscar os elementos que normalmente as compõem
(como informações a respeito do artista e técnica utilizada). Organize também a
elaboração do texto de apresentação da coleção, para ser enviado por e-mail à
comunidade escolar, juntamente com o endereço virtual da galeria, e providencie
o envio das mensagens.
Produto final
Coleção virtual de arte.
Produto final
Coleção virtual de arte.
Avaliação
Reúna as crianças
para conversar sobre a relevância da preservação da memória da produção
artística da humanidade e a respeito das perspectivas possíveis para a
elaboração de um acervo. Busque nas falas dos alunos exemplos relacionados à
experiência da visita virtual feita com o Google Art Project e analise os
critérios usados para montar a galeria.
Deficiências
Visual
Fonte: Nova Escola.
Análise
de referências
Objetivo(s)
- Conhecer diferentes tipos de suporte de ilustração;
- Estudar trabalhos de ilustradores presentes em diferentes portadores de texto e imagem (capas de CD, livros, rótulos de produtos).Conteúdo(s)
- IlustraçãoAno(s)6º7º8º9ºMaterial necessário
- CD Pequeno Cidadão (Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto, Selo Rosa Celeste,
- Livro Coisas que Eu Queria Ser (Arthur Nestrovski e Maria Eugênia, 56 págs., Ed. Cosac Naify,
- Embalagens ilustradas de produtos de uso cotidiano.Desenvolvimento1ª etapaApresente o material a todos e proponha um momento coletivo para a leitura das ilustrações, relacionando-as aos suportes (CD, livro e embalagens) e aos textos que as acompanham. Encaminhe o debate para as diferenças entre as funções das imagens em cada objeto e questione os alunos sobre o que pensam sobre cada uma delas. Por que uma imagem está associada a determinado texto? Qual a função da ilustração em cada suporte? Ela apenas representa o texto ou agrega informações? A técnica empregada é pertinente ao suporte e ao texto?AvaliaçãoObserve se as falas dos estudantes sobre as imagens expressam os diferentes propósitos da ilustração. É importante que eles abordem a função dela e as informações que apresenta, relacionando-as com o texto.FlexibilizaçãoPara que crianças com deficiência visual possam analisar diferentes referências de ilustração, aposte em colagens, imagens com cordões ou tintas em alto-relevo. Há, também, livros com texto e ilustrações em braile distribuídos por organizações como a Fundação Dorina Nowill. Ajude, oralmente, a fazer a relação das imagens com os textos, para facilitar a compreensão do aluno cego. Se necessário, amplie o tempo de realização da atividade.DeficiênciasVisualFonte: Nova escolaExposição de fotografias e imagens modificadasObjetivo(s)- Conhecer a produção de fotógrafos modernos e contemporâneos.
- Desenvolver o repertório de fotografia artística.
- Criar imagens que revelem um pensamento com a organização consciente dos elementos visuais no enquadramento.Conteúdo(s)- Linguagem fotográfica.
- Procedimentos de desconstrução e de construção de imagens.
- Desenho a mão livre.Ano(s)6º7º8º9ºTempo estimado12 aulas.Material necessárioFotografias de profissionais como Henri Cartier-Bresson (1908-2004), Elliott Erwitt, Pierre Verger (1902-1996), Sebastião Salgado, Pedro Martinelli e Cláudio Edinger, levando em conta o assunto, a composição e o enquadramento. Imagens com problemas de foco e enquadramento. Câmeras digitais ou celulares com câmera, sulfite, cartolinas cortadas em formato A3, giz de cera, computador e impressora.Desenvolvimento1ª etapaPergunte aos alunos o que eles sabem sobre fotografia. Têm o hábito de fotografar? Convide-os, então, a estudar a linguagem da fotografia e a composição de imagens e, por fim, fotografar para uma exposição.2ª etapaApresente as imagens com problemas. Incentive os comentários sobre o tema, o enquadramento, a colocação do observador e o que poderia ser melhorado nelas. Como lição de casa, peça que pesquisem fotografias (que podem ser de álbum de família ou de jornais, revistas ou da internet) que considerem boas.3ª etapaOrganize a sala em grupos para que observem as fotos que reuniram, identificando os elementos que as tornam interessantes (como o tema, o enquadramento e a luz) e o que foi feito para conseguir o resultado. Socialize os comentários, discutindo os critérios e a intencionalidade do autor. Sintetize as observações, conceituando composição, ângulo, enquadramento e o instante clicado.4ª etapaApresente as fotografias dos profissionais à garotada. Peça que identifiquem os mesmos elementos da etapa anterior.5ª etapaPrograme um passeio na escola para que todos fotografem. Estabeleça os objetivos: pesquisa de um ângulo bom, enquadramentos originais e temas interessantes. Imprima as fotos no sulfite para a aula seguinte.6ª etapaCom os jovens em grupos, peça que leiam as imagens (como feito anteriormente) e selecionem uma para ser modificada.7ª etapaOriente a turma a recortar as imagens eleitas em 3 x 4 centímetros. Cada pedaço deve ser ampliado a mão livre, com giz de cera em papel A3, desprezando as proporções reais. Com as ampliações prontas, a foto deve ser reconstruída com uma nova configuração. Vale inverter, repetir ou até alterar a ordem das partes. Organizem a exposição, colocando as imagens modificadas ao lado das que deram origem a elas.AvaliaçãoProduto finalExposição de imagens modificadas.
Observe como os alunos analisam elementos como ângulo e enquadramento. Qual é mais considerado por eles? E quais ainda não são? Peça que, em grupos, façam uma autoavaliação sobre o que produziram, quais aspectos priorizaram e por quê.FlexibilizaçãoEstabeleça um objetivo comum para todo o grupo, com ênfase em aspectos que podem contribuir para o processo individual de alfabetização visual dos alunos. A descrição é uma ferramenta fundamental para orientar a apreciação e a leitura de imagens, não apenas para alunos com deficiência visual, mas também para os videntes.Imitar a posição dos corpos das pessoas pode ser um exercício revelador, em especial se você orientar seu aluno cego a repetir a mesma posição do fotografado. Aproveite o momento de conversar sobre as imagens e os temas de interesse de cada fotógrafo para promover a participação do aluno com deficiência visual. Pergunte o que ele gostaria de mostrar em fotografias e peça para que mostre as posições com o próprio corpo.Quando realizar a atividade de leitura propriamente dita, ofereça mapas táteis para localização dos pontos de interesse das imagens. Para fazer um mapa tátil de cada imagem, utilize folhas de papel A4. Crie os esquemas a lápis e contorne as linhas com tinta plástica, para que fiquem em relevo. Mas cuidado, o excesso de informações pode confundir o aluno.
Aproveite a oportunidade para introduzir o aluno cego na criação de seus próprios mapas táteis. Pegue uma folha A4 e dobre ao meio duas vezes. Desdobre e mostre que o papel ficou atravessado por duas linhas vincadas. Prenda a folha em uma prancheta, ofereça giz de cera ao aluno e peça para que ele crie registros de como entendeu algumas das imagens.Converse com o grupo sobre a experiência e valorize as descobertas de todos, estimulando-os a pensar nas imagens a partir dos outros sentidos, como a memória tátil, sonora, olfativa e mesmo de paladar, se for o caso.DeficiênciasVisualFonte: Nova escola.Mostra de desenhos com linhasObjetivo(s)
- Observar as variedades de linhas
- Desenhar utilizando linhas
- Experimentar produzir linhas utilizando diversos materiais
- Apreciar trabalhos de artistasConteúdo(s)
- DesenhoAno(s)1º2º3º4º5ºTempo estimadoDez aulas.Material necessárioBarbante ou lã preta, câmera fotográfica, cartolina formato A3, pincel macio grosso, tinta guache preta, sulfite e lápis grafite. Imagens dos trabalhos de Edith Derdyk (como Slice Arco Madrid) e Pablo Picasso.Desenvolvimento1ª etapaSelecione desenhos já realizados pelos alunos com uma diversidade grande de linhas: curvas, retas, cruzadas etc. Pergunte como poderiam desenhar se não tivessem lápis. Levando em consideração as hipóteses que surgirem, convide-os a usar materiais inusitados e registrar os resultados. Os trabalhos comporão uma exposição para a comunidade escolar.2ª etapaPergunte às crianças se elas já imaginaram como seriam as coisas se fossem feitas somente de linhas. Conte que Pablo Picasso criou muitas obras assim e mostre as imagens. Convide a turma para transformar diferentes objetos em desenhos com só uma linha.3ª etapaExponha os desenhos da aula anterior no mural para a apreciação dos estudantes e peça que contem como fizeram.4ª etapaOfereça 1 metro de barbante ou lã para cada criança. Sugira que experimentem desenhar com esse material. Enquanto os estudantes produzem, caminhe pela sala e fotografe os desenhos.5ª etapaApresente imagens do trabalho de Edith Derdyk. Deixe que os estudantes comentem sobre o procedimento utilizado por ela e fale sobre o desenho, que é tridimensional. Divida a classe em pequenos grupos para que escolham um lugar da escola onde queiram produzir uma obra dessa natureza com lã ou barbante. Acompanhe a turma fotografando. Depois, convide todos a visitar o local e comentar sobre os desenhos realizados pelos colegas.6ª etapaOrganize as produções e comente sobre os tipos de linhas e imagens que aparecem, como cruzam o espaço e formam figuras. Distribua cartolinas A3, pincéis e tinta guache preta e convide os alunos a registrar as linhas realizadas no espaço.7ª etapaAguarde a tinta secar e convide os pequenos a organizar a mostra. Peça que deem nome às produções e criem legendas e um texto coletivo para apresentar o trabalho ao público.Produto final
Mostra de desenhos.AvaliaçãoObserve como as crianças desenham e experimentam os materiais. Organize uma apreciação coletiva. Peça que elas falem sobre as suas produções e analise se observam mudanças nas dos colegas. O objetivo é perceber o quanto a atividade favorece o uso do desenho para explorar diferentes linhas e experimentar novas soluções, ampliando o repertório.FlexibilizaçãoO aluno cego contribui muito para a discussão em sala ao contar que materiais ele utiliza para desenhar. Para ajudá-lo nesta sequência, imprima as imagens feitas por Picasso e ressalte as linhas com cola de relevo. O trabalho com barbantes é desenvolvido normalmente e o registro das linhas pode ser feito com canudos ou cola de relevo. Amplie o tempo de realização das etapas para que o aluno possa perceber os desenhos dos colegas. Todas as crianças devem explorar espaços e objetos da escola em grupos, para que o aluno com DV exercite o tato. Conte com o AEE para que o aluno escreva as legendas em braile.DeficiênciasVisualFonte: Nova escola.Vamos ao teatroObjetivo(s)- Aprender a se comportar como um espectador de teatro.
- Reconhecer a interpretação dos atores, a dramaturgia, os cenários, a iluminação, o uso da música, o uso de elementos de animação etc.
- Observar o que tem relação com a atuação dos atores, como a interpretação e a gestualidade.
- Reconhecer e apreciar recursos de iluminação, cenário e figurinos.Ano(s)1º2º3º4º5ºTempo estimadoCinco aulas.Material necessárioCartolina e canetas coloridas.Desenvolvimento1ª etapaSelecione uma peça de teatro adequada à faixa etária da turma. Alguns dos parâmetros podem ser a própria obra e o histórico dos artistas. Busque material informativo sobre o espetáculo, como o cartaz de divulgação, e o que já foi publicado sobre ele em veículos especializados de imprensa, como críticas e reportagens.2ª etapaDecidido o espetáculo e agendada a data para vê-lo, é hora de conversar com as crianças e analisar com elas o material reunido na etapa anterior. Se a peça tiver como tema alguma história que o grupo já conhece, organize uma roda de conversa para retomar o que os alunos sabem. Caso se trate de uma história inédita, incentive comentários a respeito do material lido.3ª etapaPergunte aos alunos como acham que a história vai ser apresentada no teatro. Estimule a discussão sobre como serão representados os lugares. Levante com a garotada o que precisa haver num teatro para que a gente saiba o que é cada lugar. E quanto aos personagens? Quantos atores serão necessários para encenar a peça? Se o número de personagens for maior que o de integrantes do grupo teatral, provoque as crianças perguntando o que será feito para resolver um desafio como esse. Será que personagens infantis serão feitos por crianças? Qual será o figurino? Como é possível saber na hora da apresentação quem é quem? O objetivo dessa conversa é fazer um aquecimento com as crianças para a apreciação. Registre essas hipóteses em um cartaz para retomá-las depois do espetáculo.4ª etapaApresente e discuta com as crianças termos, funções e contextos específicos do teatro. Por exemplo, leia com elas a ficha técnica do espetáculo. Pergunte que funções aparecem nela. Questione a função do elenco, do dramaturgo, do diretor, do designer de luz etc.5ª etapaÉ chegada a hora de assistir ao espetáculo. É importante falar com os alunos sobre como se comportar em uma sala. Ir ao banheiro antes evita o entra e sai. A peça de teatro é uma arte realizada ao vivo e conversar em voz alta durante a encenação desconcentra o elenco e também é falta de educação. Apesar disso, o teatro é sempre um encontro imprevisível entre os atores e o público e algumas montagens podem ser mais interativas, pedindo uma participação ativa do público. Converse com as criancas a respeito para que aprendam a notar essas características, respeitá-las e desenvolver a sensibilidade para interagir na intensidade adequada. Somente a experiência de ir ao teatro confere aos estudantes a possibilidade de compreendê-lo cada vez mais e elaborar o comportamento espectador.6ª etapaDe volta à escola, retome o cartaz e estimule a turma a compará-lo com o que foi visto no palco.AvaliaçãoObserve se os alunos são capazes de reconhecer e comentar as características específicas da arte teatral, como a interpretação dos atores e os elementos cênicos. É possível também avaliar com base na leitura de críticas teatrais e convidá-los a refletir: todos concordam com elas?FlexibilizaçãoNa hora de selecionar o espetáculo, investigue se ele oferece recursos que estimulem os demais sentidos além da visão - como texturas nos figurinos e no cenário, uso de instrumentos musicais, riqueza na trilha sonora ou diferentes cheiros de objetos explorados em cena. Esses recursos ajudam a incluir o aluno com deficiência visual na apreciação da trama. Também é possível apostar no recurso da audiodescrição. Trata-se de fazer a descrição oral do que acontece em cena no intervalo das falas dos atores, com o cuidado de deixar brechas para que o aluno cego possa fazer suas próprias interpretações da peça. Registre todas as etapas da discussão e estimule o seu aluno a fazer o mesmo em braile.DeficiênciasVisualFonte: Nova Escola.Ilustração de textoObjetivo(s)
- Criar ilustrações inéditas para um texto.Ano(s)6º7º8º9ºMaterial necessário
- Letras das músicas do CD "Pequeno Cidadão", canetas hidrocor coloridas, lápis de cor, lápis grafite preto, borrachas e sulfite.Desenvolvimento1ª etapaDisponibilize as letras e convide a turma a ouvir o CD. Peça que seja eleita uma música para ser ilustrada. Liste as possíveis técnicas que podem ser usadas com o material. Defina com cada aluno se o trabalho será referente a uma estrofe ou a um refrão ou se vai representar toda a música. Durante a produção, apoie o grupo em relação à técnica e converse sobre os trabalhos, mas evite dar indicações sobre o que deve ser feito ou posto na ilustração.AvaliaçãoPeça que os estudantes justifiquem a técnica que escolheram. Avalie o uso das cores e o estilo de cada um, perguntando se as opções têm a ver com a canção. No caso de quem optou por ilustrar uma estrofe ou um refrão, observe o quanto esse recorte associado à melodia está presente e quais informações foram adicionadas pela ilustração. Para quem escolheu ilustrar uma canção inteira, peça que explicite o sentido da música.FlexibilizaçãoPara que alunos com deficiência física nos membros superiores criem suas próprias ilustrações, o primeiro passo é apresentar boas referências de obras e utilizações de materiais. Assim, ele poderá compreender quais dessas referências podem ajudá-lo a construir suas próprias marcas pessoais. Discutir sobre as letras das músicas que serão ilustradas é outro bom ponto de partida. Ofereça papeis maiores e mais espessos, como a cartolina. Outra sugestão é fixar o papel na carteira, com fita adesiva, ou colocá-lo em uma prancheta. Se a criança for capaz de fazer o movimento de pinça, ofereça giz de cera, canetas piloto ou cola colorida. As tintas mancham e costumam escapar do controle da criança, prejudicando o resultado da ilustração. No caso de alunos incapazes de realizar o movimento de pinça, mesmo com apoios, sugira que a ilustração seja feita com os pés, utilizando tinta. É possível, ainda, trabalhar com figuras previamente preparadas por você ou pelos demais colegas, que possam ser fixadas pelo aluno com deficiência física em um painel feito com tiras de velcro. Assim, ele trabalha as noções de composição.DeficiênciasFísicaFonte: Nova Escola.Vivências teatraisObjetivo(s)- Compreender os conceitos básicos da linguagem do teatro.
- Participar de experimentações práticas de caráter lúdico.
- Conscientização corporal.Conteúdo(s)- Contação de histórias.
- Jogos populares e dramáticos.
- Improvisações livres e regradas.
- Apreciação e protocolo.Ano(s)1º2º3º4º5ºTempo estimadoSeis meses.Material necessárioMaquiagem, caderno de anotações, objetos diversos para uso nas improvisações, um aparelho de CD e CDs diversos.Desenvolvimento1ª etapaO trabalho pode ser realizado em três módulos de dois meses, em que uma das metodologias tem ênfase. Porém elas sempre são complementares umas às outras. Todos os encontros são compostos de aquecimento, jogos e brincadeiras, improvisações, apresentação de cenas e leitura e apreciação de protocolo.Aquecimento
Explique à garotada que o aquecimento desperta, leva à conscientização corporal e evita machucados na hora dos exercícios. Opções: siga-o-mestre, pular corda, corre-cutia e exercícios de alongamento. Use música e proponha um relaxamento no fim.Jogos e brincadeiras
Proponham jogos que possibilitem a vivência em grupo e desenvolvam concentração, agilidade, destreza, ritmo, prontidão e desinibição.Opções:
1) Jogo das articulações. Vá nomeando cada articulação e as crianças a movem, sem fazer força. Depois, divididas em grupos, elas exploram o movimento de uma articulação escolhida entre elas e mostram o resultado aos demais.
2) Contar histórias. Você diz uma frase e os estudantes vão alimentando o enredo. Você pode também contar uma história e pedir que eles, de olhos fechados, a imaginem. Trabalhe os sentidos dizendo "sintam esse cheiro", "toquem esse objeto" etc.Improvisações
Abra a possibilidade de os alunos vivenciarem diversos papéis dentro de uma situação dada por você ou sugerida por eles. Pode ser algum fato ocorrido na escola recentemente e que tenha despertado a atenção deles ou uma notícia publicada em revistas ou jornais, por exemplo, e que trate de um tema que você ache adequado explorar. Para isso, eles respondem às seguintes questões: o quê? Quando? Onde? Por quê? Com base nesse panorama formado, criam-se pequenas cenas com começo, meio e fim.
Apresentação de cenas
Além da apresentação para todos os colegas dos esquetes concebidos durante as improvisações, essa etapa inclui conversas sobre as aulas e apreciação das cenas dos colegas.
Leitura e apreciação de protocolo
O protocolo é uma forma de registro (escrito, plástico, musical) que possibilita uma maior reflexão sobre o processo. Cada um lê seu diário de bordo, em que escreve, desenha e anota as músicas utilizadas durante as aulas e o que tem observado, sentido e percebido das atividades.AvaliaçãoNos dois últimos meses, incentive os estudantes a montar uma apresentação. Vale elencar as cenas de que mais gostaram durante o processo de apreciação e refazê-las - dessa vez, construindo um pequeno cenário e usando figurinos -, escolher um texto curto e criar algo coletivamente para apresentar aos pais e colegas de toda a escola.FlexibilizaçãoEspaço
- Garanta rampa de acesso, espaço para cadeira de rodas, andadores ou muletas.
- Peça a orientação dos especialistas ou da sala de recursos sobre o transporte do aluno com deficiência.
- Garanta mobilidade para o cadeirante participar das atividades. Providencie cadeiras para que os colegas de grupo fiquem sentados como ele ou os apoios necessários, como colchonetes e almofadas, para que ele se sente no chão.Conteúdos
- Mostre a importância da participação dele. Na brincadeira de corre-cutia, um amigo empurra a cadeira de rodas, enquanto o cadeirante lança o lenço. Quem tiver paralisia de membros inferiores pode bater a corda. Na dança das cadeiras, dê a ele uma função necessária e valorizada, como controlar a música.
- Eles devem ser relacionados às competências apresentadas pelo aluno. Agilidade só com membros superiores e com a cadeira, ritmo com o tronco etc. Pontos como a prontidão e a desinibição devem ser estimulados e apreciados como todos no grupo.Produção de imagens com base em ilustraçõesObjetivo(s)
- Fazer uma imagem com base em uma ilustraçãoAno(s)6º7º8º9ºMaterial necessário
- Cópias coloridas do encarte CD "Pequeno Cidadão", do livro Coisas que Eu Queria Ser e das embalagens utilizadas na atividade anterior
- Canetas hidrocor
- Lápis de cor
- Lápis grafite e borrachaDesenvolvimento1ª etapaPeça que os alunos, individualmente, elejam uma das ilustrações do encarte, do livro ou de uma das embalagens para trabalhar e convide-os a propor modificações para elas, acrescentando ou retirando elementos. Chame a atenção do grupo para a importância de não copiar o que está sendo visto. A proposta é criar uma ilustração levando em conta o que o texto diz e aproveitando elementos da original.AvaliaçãoAnalise se o trabalho de cada estudante apresenta novas relações entre o texto e a ilustração ou se é uma imagem simplesmente copiada ou pouco modificada. Discuta com todos sobre o que fizeram. O que mudou em relação à original? Por quê? O que foi mantido? Por quê?FlexibilizaçãoO trabalho com imagens ajuda na compreensão do aluno com deficiência intelectual. Fale sobre a atividade de transformação previamente com ele e mostre exemplos de releituras de ilustrações. Em seguida, disponha alguns materiais ao aluno e proponha que ele faça a sua versão da imagem escolhida. Relacionar os textos e imagens a situações que fazem parte do cotidiano do aluno é muito importante. Amplie o tempo da atividade e faça com que ele repita o exercício no contraturno. A repetição é fundamental para a aprendizagem desses alunos.DeficiênciasIntelectualFonte: Nova Escola.
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