quarta-feira, 15 de abril de 2015

Badminton na escola


Sugestão:
Badminton na escola
 
Objetivo(s) 
  • Ampliar o repertório esportivo, a cultura esportiva e corporal, 
  • Conhecer e aprender a jogar o badminton levando em conta a estrutura necessária, as regras, os equipamentos e as habilidades necessárias - mais precisamente o rebater
    Conteúdo(s) 
  • Badminton: regras, história, habilidades e elementos envolvidas.
     
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    4 aulas
    Material necessário 
    Raquetes, petecas, redes, cordas elásticas, elásticos, giz e equipamento audiovisual. Caso a escola não possua os equipamentos oficiais, é possível construí-los com material reciclável ou adaptá-los. As petecas podem ser feitas com uma tampinha de garrafa pet envolvida em meia folha de jornal ou ainda com bolinhas de isopor, palitos e um pedaço de sacola plástica (que deve envolver os palitos). As raquetes, com cabides de arame e meia-calça - basta fazer o formato da raquete de badminton e colocar a meia, bem esticada, para fazer as vezes de tela.
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Inicie a aula com uma rápida introdução das suas expectativas para o dia, que é apresentar um esporte para a turma, o badminton. Faça um diagnóstico do que os alunos sabem sobre o esporte. Eles conhecem esse esporte? Têm alguma ideia sobre como é jogado? Se alguém souber algo, peça que explique aos colegas. Convide, então, a classe a conhecer um pouco desse esporte.
     
    2ª etapa 
    Exiba um vídeo sobre o badminton. Um bom exemplo. Pesquise outros materiais interessantes para essa apresentação inicial também no site da Confederação Brasileira de Badminton. Depois, pergunte se a garotada identificou os principais elementos do esporte. E as regras? Qual é a estrutura do campo de jogo? Quais os equipamentos necessários para jogar? Como se joga? Quais as habilidades básicas necessárias? Quais as formas mais utilizadas para rebater a peteca? Peça que todos registrem o que aprenderam até então.
    3ª etapa 
    Convide os alunos para jogar badminton. Primeiramente, envolva-os no processo de confecção e separação do material. É importante ter um grande número de raquetes e petecas. Se possível, uma raquete para cada aluno.
    4ª etapa 
    Dê início ao primeiro momento de experimentação. Durante 15 minutos de aula, estimule as possibilidades de prática com a raquete e a peteca. Reforce para a turma que, como visto no vídeo, a rebatida é uma habilidade importante a ser desenvolvida e deve ser bastante trabalhada no badminton. Proponha desafios motores como: rebater várias vezes sem perder o controle da peteca, rebater a peteca cada vez mais alto, rebater parado e em movimento, rebater a peteca andando e correndo, na horizontal e na vertical, rebater a peteca um para o outro, por cima da rede etc.
    5ª etapa 
    Divida a turma em duplas, quartetos e sextetos. Peça para os alunos construírem campos de jogo utilizando o giz, as redes e as cordas elásticas. A ideia é que sejam realizadas partidas de badminton na configuração 1x1; 2x2 e 3x3. As regras podem ser adaptadas a partir das necessidades de cada grupo (tamanho do campo, altura da rede, local do saque, e quantidade de jogadores). Neste momento, circule pela quadra e faça interferências para ajudar a turma nos movimentos. Mostre as formas de rebater, recorde e explique as regras, contribua na estruturação e organização das equipes etc.
    Avaliação 
    Organize uma roda de conversa com o grupo e procure avaliar como foi a vivência. Lembre-se de que uma boa roda de conversa sempre tem boas perguntas. Alguns exemplos: A vivência possibilitou jogar badminton? Quais as dificuldades encontradas? Tivemos um bom tempo de prática? O vídeo e as informações iniciais ajudaram a jogar? Vocês conseguiram rebater a peteca com precisão e boa coordenação? O que é necessário para uma boa rebatida?
    Flexibilização 
    O desenvolvimento da coordenação motora em alunos com deficiência intelectual pode ser mais lento. Por isso, é importante ampliar o tempo de realização de algumas etapas da sequência e flexibilizá-las de acordo com as habilidades do estudante - simplificar as regra da partida ou diminuir a velocidade do jogo são algumas das alternativas. Você também precisa aproximar a prática do badminton à realidade do aluno. Mostre vídeos com pessoas jogando e deixe que o aluno se familiarize com os objetos utilizados na partida antecipadamente. O trabalho em duplas ou em pequenos grupos pode ser muito saudável para o aluno, desde que ele mostre o que é capaz de fazer. O aluno com deficiência não pode ser tratado como "café com leite". E conte sempre com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE).
    Deficiências 
    Intelectual
     
    Fonte: Revista Nova Escola

Fundamentos e prática do handebol


Sugestão:
Fundamentos e prática do handebol
 
Objetivo(s) 
  • Conhecer a origem do handebol (distinguir ano e país de origem, quem a criou, onde e por quem era praticada).
  • Aprender as regras básicas da modalidade e suas estratégias.
  • Praticar o handebol com todos os alunos.
  • Aprender estratégias como: postura individual defensiva,
  • deslocamentos com e sem a bola, paradas bruscas, mudanças de direção, identificação de companheiro desmarcado, utilização racional do drible, adaptação à bola e recepção, passe e arremesso. 
  • Aprender a trabalhar em equipe.
    Conteúdo(s) 
     
  • Origem e evolução do handebol.
  • Fundamentos da modalidade.
  • Regras e definições das estratégias ofensivas e defensivas do esporte.
  • Trabalho em equipe, comunicação e respeito à diversidade.
     
    Ano(s) 
    Material necessário 
  • Coletes, bolas de borracha ou de iniciação esportiva, bolas de handebol, cones, bambolês ou giz.
  • Computadores com acesso à internet, ou jornais e revistas para pesquisa.
    Flexibilização
    Para alunos com deficiência física (sem mobilidade nos membros inferiores)
    Para incluir o aluno cadeirante na prática esportiva, a atividade com o cone pode ser feita com toda a turma sentada em cadeiras com rodinhas. Peça que os alunos sugiram estratégias de defesa e ataque nesta posição e valorize os movimentos dos membros superiores. As cadeiras com rodinhas podem ser usadas também durante a aula 3, na condução da bola entre os membros da equipe.
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Comece descobrindo o que os alunos já sabem sobre handebol. Pergunte se alguém já jogou antes ou se sabe como jogar. Sugira comparações com modalidades mais conhecidas, como futebol, indicando as semelhanças, como o gol e a presença da rede. E mostre também as diferenças, como o ritmo de jogo e a prática de lançar a bola com as mãos. Aproveite para questionar se conhecem algum jogador de handebol ou se já assistiram alguma partida antes.
    Encaminhe os alunos à biblioteca ou à sala de informática e peça para pesquisarem a origem e evolução da modalidade. Se não houver computadores disponíveis, faça uma pesquisa prévia e leve revistas e jornais para os alunos. Uma sugestão é o site da Federação Paulista de Handebol, que conta a história do esporte. Antes do fim da aula, peça que todos compartilhem o que descobriram.
     
    2ª etapa 
    Inicie propondo um aquecimento chamado "Quadrado de fogo". Delimite uma área, pode ser com quatro cones, e explique que todos os alunos devem ficar dentro deste quadrado, exceto um, que começará com a bola do lado de fora. Explique as regras para todos os alunos. Diga que o jogo funciona como uma queimada. Quem está fora do quadrado tenta "queimar" um jogador de dentro. Caso a bola seja agarrada por alguém dentro do quadrado ou que permaneça nesta região, deverá ser lançada para fora. Quando o primeiro aluno for "queimado", ele irá para fora do quadrado e o aluno que o "queimou" entrará no quadrado. A partir daí, ninguém mais entrará. Cada aluno que for "queimado" sairá do quadrado e ajudará a "queimar" os que lá dentro estão até que reste apenas um - o sobrevivente. O desafio final será a turma toda tentar queimá-lo. Se a turma for muito grande, uma ou mais bolas podem ser, gradativamente, acrescentadas ao jogo.

    Em seguida, converse com os alunos sobre a importância do alongamento para a prática esportiva. Oriente a execução correta e uma sequência adequada focada nos membros inferiores, ombros e costas, partes do corpo solicitadas durante a aula e nos jogos de handebol.

    Para treinar algumas estratégias de defesa e ataque, forme uma roda ao redor de um cone posicionado dentro de um bambolê ou em uma área delimitada com giz no centro da quadra. Dois alunos devem ficar na posição de defesa, se deslocando para proteger o cone, enquanto quem está na roda tenta arremessar a bola e derrubar o cone. Quem derrubar o cone irá para o centro da roda com quem havia feito a tentativa anterior e ambos se tornarão defensores. Os que defendiam assumem uma posição na roda, passando a atacantes. Conforme o desenvolvimento da atividade acrescente mais uma ou duas bolas ao jogo. Finalize alongando mais uma vez.
     
    3ª etapa 
    Em quadra, conduza o alongamento com foco nos membros inferiores, ombros e costas. Divida os alunos em duas equipes. As redes deverão ser ocupadas, cada uma por dois alunos, um de cada equipe. Os demais ficam espalhados ao longo da quadra. O objetivo é fazer no mínimo dez passes entre os companheiros, a partir do centro. Feito isso, o grupo marcará um ponto. Avise que o drible não será permitido. Quem conseguir continuar com a posse da bola e fazê-la chegar até o companheiro de equipe que está dentro de qualquer uma das áreas, marca um ponto adicional.

    O aluno que receber a bola dentro da área terá direito a um tiro de 7 metros (uma espécie de pênalti no handebol) e o integrante da equipe adversária que ocupa a mesma área tentará defendê-lo. Se o tiro de sete metros for convertido, a equipe marcará mais um ponto. No caso de as possibilidades de pontuar se esgotarem, o jogo será reiniciado no centro da quadra pela equipe que sofreu o ponto. Se a equipe defensora recuperar a bola devido a uma infração do ataque, o jogo prosseguirá com a cobrança da infração no ponto mais próximo em que esta ocorrer. Termine com o alongamento.
     
    4ª etapa 
    Comece orientando o alongamento da turma, com foco nos membros inferiores, ombros e costas. Então, proponha um jogo em que a cada 5 ou 6 pontos marcados pelo ataque ou pela defesa, as funções se invertam. Os gols contam pontos para o ataque, enquanto que as defesas feitas pelo goleiro sem possibilidade de um novo arremesso e as bolas recuperadas, contam pontos para a defesa. Pode-se combinar um esquema para o rodízio dos goleiros como, por exemplo, o atacante que perdeu a última bola ou realizou um último arremesso defendido pelo goleiro assume esta função. No final, sugira que os alunos que terminaram o último jogo na função de goleiros conduzam o alongamento, com supervisão do professor. Corrija possíveis erros e destaque a importância de alongar corretamente para evitar dores e lesões.

    Avaliação 
    Observe a participação de todos os alunos durante as etapas de pesquisa, discussão em sala e nas atividades práticas propostas. Espera-se que, ao final da sequência, eles saibam mais sobre a origem e as regras do handebol, aprendam alguns fundamentos e jogadas da modalidade e aprimorem suas estratégias de jogo.
     
    Fonte: Revista Nova Escola

Fundamentos do voleibol


Sugestão:
Fundamentos do voleibol

 

Objetivo(s) 

- Conhecer os principais fundamentos e regras do voleibol.
- Praticar atividades relacionadas a esta modalidade esportiva.

Conteúdo(s) 

- Voleibol.
- Origem e evolução da modalidade.
- Regras e fundamentos do vôlei.

Ano(s) 



Tempo estimado 

Uma aula.

Material necessário 

Bolas de iniciação esportiva e/ou de vôlei, rede, corda elástica.

Desenvolvimento 

1ª etapa 

Comece lançando uma pergunta para a turma: o que os alunos conhecem a respeito do vôlei? Eles costumam praticar este esporte fora da escola? Estabelecer uma conversa inicial com os alunos a respeito da modalidade é fundamental para compreender o que eles já sabem. Aproveite este momento para contar à turma mais sobre a origem e a evolução do voleibol e exponha algumas das regras da modalidade.

Em seguida, leve os alunos à quadra da escola e proponha uma atividade de aquecimento, a “rodinha”. Divida a turma em grupos de quatro alunos e organize pequenas rodas, para que cada aluno participe da atividade tocando a bola várias vezes. Utilize bolas de iniciação esportiva, mais leves e macias. O objetivo do jogo é tocar a bola entre os integrantes da roda utilizando os fundamentos do voleibol (toque e manchete), mantendo-a em jogo com maior número de toques possível. É permitido usar os pés para alcançar uma bola distante, e a bola poderá tocar o piso apenas uma vez a cada toque de um aluno. Se a bola tocar o piso por duas vezes consecutivas, a contagem será reiniciada pelo grupo. No final desta etapa, pergunte a cada grupo qual foi o máximo de toques que conseguiram dar na bola. Para finalizar o aquecimento, aumente a complexidade e diga que agora a bola não poderá tocar o piso nem por uma vez. Se isto acontecer, a contagem será reiniciada pelo grupo.

Depois da atividade de aquecimento, sugira um alongamento e explique à turma a importância de alongar-se antes e depois da prática de exercícios físicos. Você, professor, é quem vai conduzir esta atividade. Priorize uma sequência de exercícios para os membros superiores, mais exigidos em uma partida de vôlei de quadra. Dê atenção especial aos dedos, às palmas das mãos, antebraços, braços e ombros, mas não esqueça dos membros inferiores, já que o vôlei também requer deslocamentos e saltos.

Com os alunos devidamente alongados, proponha uma situação de jogo. Divida a quadra em duas metades no sentido de seu comprimento com uma corda elástica amarrada às traves de futsal, de modo que a corda passe e fique apoiada sobre a rede de vôlei (ou seja, a quadra vai ficar dividida em quatro partes). Proponha um jogo de vôlei dinâmico, em quadra reduzida e, também, com número reduzido de jogadores por equipe. Trabalhe, a princípio, com bolas de iniciação esportiva, orientando o bom posicionamento para a recepção, o toque e a manchete.

Para uma turma de 32 alunos, por exemplo, é interessante trabalhar com o jogo 4x4. Assim, metade da turma estará jogando enquanto os quatro quartetos que aguardam no fundo das quadras devem permanecer atentos para entrar em quadra a qualquer momento. Funciona da seguinte forma: a equipe que pontuar permanece em quadra e um novo quarteto (que aguardava no fundo da quadra, do lado oposto) entra no jogo para enfrentá-la. E assim sucessivamente, até que todas as equipes participem.

Nesta etapa, oriente os alunos na prática dos fundamentos do vôlei – os deslocamentos, as paradas bruscas, os saltos, a agilidade, os movimentos de recepção e de levantamento de bola e o ataque (os toques, as manchetes, os saques e as cortadas).

Após a partida, organize um alongamento em grupo, conduzido por um ou dois alunos, sob a sua orientação. Para finalizar, converse com a turma e verifique quais foram os pontos positivos e negativos das atividades e peça que enumerem as situações de jogo e os fundamentos que precisam ser aprimorados em aulas futuras.

Avaliação 

Observe a participação dos alunos ao longo das atividades de conversa, alongamento, aquecimento e durante a partida. É importante que, ao final da aula, a turma saiba contar mais sobre a história do vôlei, reconheça as regras da modalidade e saiba executar alguns de seus fundamentos – o saque, as manchetes, o toque e as cortadas, por exemplo.

Flexibilização 

Para alunos com deficiência física (sem mobilidade nos membros inferiores)
Para incluir os alunos cadeirantes na prática esportiva, proponha uma partida de vôlei sentado com toda a turma, que pode ser feita em cadeiras com rodinhas. Explore e valorize os fundamentos executados com os membros superiores, como os toques e manchetes. Não se esqueça de preparar o espaço da quadra para esta atividade: a altura da rede é inferior à modalidade convencional, tem 1,15 metros de altura do piso em sua parte superior no masculino e 1,05 metros para o feminino.

Deficiências 

Física

 

Fonte: Revista Nova Escola

Sedentarismo e atividade física


Sugestão:
Sedentarismo e atividade física
 
http://www.gentequeeduca.org.br/sites/default/files/styles/155x155/public/logo-emagrece-brasil-2.jpg?itok=mg1w5AcO
Objetivo(s)               
  • Conhecer as reações fisiológicas do corpo humano provocadas pelo sedentarismo e pela falta do exercício
  • Entender as consequências e os riscos do sedentarismo para a saúde física e mental como doenças cardiovasculares, ósseas e musculares, degenerativas e emocionais
  • Identificar as boas práticas corporais que podem ser realizadas dentro e fora da escola como prevenção e para a aquisição de um bom condicionamento físico
  • Aprender os procedimentos básicos de treinamento para qualificar a prática da atividade física
  • Valorizar a atividade física e o exercício como fatores que contribuem para a saúde e a qualidade de vida.
    Conteúdo(s) 
  • Sedentarismo, Atividade Física e Saúde
  • Princípios da Teoria do Treinamento Físico
  • Programa de Atividade Física
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    Sete aulas
    Material necessário 
  • Computadores com acesso à internet
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Introdução
    Muito se fala sobre a importância da prática de atividades físicas para a prevenção de doenças e a manutenção de uma boa saúde. Porém as conseqüências do sedentarismo não são difundidas com a mesma intensidade. As aulas de educação física na escola podem contribuir para que os adolescentes compreendam melhor quais são os fatores de risco para a saúde, provenientes do sedentarismo.

    Segundo o médico Dráuzio Varella, "são tantos os benefícios da atividade física, que só existe uma explicação para a vida sedentária que a maioria das pessoas leva: praticar exercícios vai contra a natureza humana". Diz o Dr. Dráuzio que o ser humano tem uma tendência a não desperdiçar energia, mas a vida dita "moderna" tem nos feito "acumular" energia e, consequentemente, acumular "doenças" graves e degenerativas. Qual a saída? Movimentar-se mais e com qualidade!

    O desafio da escola, mais precisamente da educação física escolar, está em motivar as crianças e os jovens para a prática da atividade física. O que se vê normalmente é que os adultos têm consciência sobre a importância do exercício, mas não o praticam; Já as crianças e os jovens normalmente gostam das aulas de educação física, praticam as atividades propostas, mas não adquirem a consciência e o conhecimento necessários para continuar se exercitando quando saem da escola. Neste plano de aula os alunos terão a oportunidade de aprender mais sobre as reações provocadas no corpo humano pelo sedentarismo e construir conhecimento para encontrar o equilíbrio entre o "saber" e o "fazer", ou seja, se motivar para incorporar na sua rotina diária a prática de exercícios e atividade física.

    É preciso cuidar para que os espaços estejam organizados antes do início das aulas. Ao longo da sequência didática os alunos vão estudar e praticar diferentes atividades, algumas mais práticas e outras mais teóricas.

    Inicie fazendo um diagnóstico sobre o conhecimento que os alunos possuem sobre o tema e apresente suas ideias e as expectativas de aprendizagem. É importante equilibrar as atividades para que sejam realizadas leituras e reflexões sobre o material teórico e algumas experimentações corporais.

    Nas rodas de conversa iniciais faça algumas perguntas para identificar o conhecimento prévio dos alunos:
Você sabe o que é sedentarismo?
Qual a relação entre sedentarismo e envelhecimento?
Quais as conseqüências do sedentarismo para a saúde física e mental?
Quais as atividades que envolvem esforço físico praticadas pelos alunos dentro e fora da escola? Qual a freqüência e a intensidade?
Quais são as mais "queridas" do grupo? Quais gostariam de praticar e conhecer melhor?
Quais gostariam de praticar como atividade regular?


Não se esqueça de registrar as respostas no seu diário de bordo. As perguntas podem ser entregues em forma de questionário e os alunos podem respondê-las com o auxílio de recursos como textos e sites na internet, como o site da revista Saúde!

Organize as respostas em um painel ou em slides e apresente aos alunos. Este é o momento de "chocar" o grupo sobre as conseqüências de uma vida sedentária.

A sugestão é que a turma conheça as consequências e os riscos do sedentarismo para a saúde (envelhecimento precoce, doenças cardiovasculares, ósseas e musculares, degenerativas e emocionais). Os alunos precisam ser motivados para a importância da atividade física bem feita como um fator de prevenção. É importante que eles saibam que não existe milagre e que um bom programa de exercícios pode ser pensado a partir das atividades já praticadas no dia a dia, dentro e fora da escola.

Neste momento, abra um espaço para as primeiras experiências práticas e inicie a conscientização sobre o que é uma boa atividade física e qual sua regularidade, intensidade, continuidade e progressão. Vale lembrar que as diferentes práticas da cultura corporal (jogos, esportes, ginásticas e atividades físicas, danças e lutas) e as atividades do dia a dia (caminhadas, skate e bicicleta, por exemplo) podem e devem ser consideradas.

Para finalizar esta etapa a sugestão é selecionar, junto com os alunos, as atividades da próxima aula e iniciar a organização e o planejamento. Boas estratégias podem ser a introdução do "Quadro de Práticas e Praticantes", que serve para classificar as atividades, introduzir os princípios do treinamento e contribuir para que cada aluno possa iniciar um projeto pessoal de atividade regular.
 
2ª etapa 
Comece apresentando o cronograma de trabalho, que deve ter sido produzido com aproveitamento das sugestões feitas na aula anterior. Explique aos alunos que durante uma semana eles deverão fazer atividades corporais para compreender a relação entre o sedentarismo e doenças como diabetes, obesidade, hipertensão e infarto.

O foco deve estar nos benefícios da atividade física e o desafio será relacionar as consequências do sedentarismo para a vida dos jovens também no presente. Um bom caminho pode ser falar sobre os sintomas causados tanto pelo sedentarismo, como pela atividade física bem feita.

Esta é a oportunidade para ensinar os alunos a qualificar um programa de atividade física. Inicie entregando um "Quadro de práticas e participantes", uma tabela que deve conter atividade, objetivo (para diversão, para condicionamento físico), dias da semana, duração, intensidade (forte, moderada) e com quem (se com amigos da rua, sozinho etc).
 
3ª etapa 
Após uma semana, os alunos devem trazer seus registros e o professor (com a ajuda do grupo) organiza um quadro síntese com as principais informações coletadas. Este será o ponto de partida para organizar os hábitos da turma, comece a discussão com perguntas como estas:
Quais são as principais atividades praticadas pelo grupo?
Quanto tempo, em média, o grupo investe semanalmente para a prática do exercício?
Como estas práticas se caracterizam com relação à duração e intensidade?
Onde são realizadas as atividades físicas? Quais delas são realizadas na escola?
Elas têm como objetivo o lazer e a saúde?
As pessoas praticam sozinhas, em grupo, com amigos?


A partir das informações da tabela, os estudantes e o professor podem selecionar as atividades que serão praticadas na escola. Devem ser escolhidas aquelas que motivem os alunos e que respeitem alguns princípios da teoria do treinamento. Se falamos de saúde e condicionamento físico é importante selecionar as atividades que sejam inclusivas e de possível participação de todos.

Trabalhe também os princípios do treinamento: especificidade, esforço, sobrecarga, continuidade, regularidade, progressão e recuperação. Os alunos precisam entender que para um bom condicionamento físico é preciso relacionar na medida certa frequência e intensidade.
 
4ª etapa 
Reserve as aulas 4, 5 e 6 para a prática escolhida e oriente sempre que necessário, tendo em mente as expectativas de aprendizagem. Ao mesmo tempo em que os exercícios são realizados o grupo deve se organizar para preparar o folder que será entregue à comunidade escolar. A idéia é disseminar os conceitos que envolvem o sedentarismo, as suas conseqüências e a importância do exercício para a saúde. O folder será entregue em uma aula aberta, ministrada pelos alunos na última aula da sequência.
Este folder dever ser escrito com uma linguagem informal e deve responder as seguintes perguntas:
O que é sedentarismo?
Quais as suas conseqüências para a saúde?
Por que fazer atividade física?
Quais os princípios a serem seguidos para qualificar a atividade? Qual a rotina a ser seguida em uma sessão exercício? 

Não esqueça de garantir os recursos e espaços necessários para o trabalho. A sala de informática pode ser utilizada para a pesquisa. Livros e revistas também devem ser utilizados. A turma pode ser dividida em grupos, com responsabilidades diferentes como escrever o texto, ilustras, cuidar da impressão etc.
 
5ª etapa 
Organize com os alunos uma aula aberta para a comunidade escolar, ocasião em que será divulgado o folder preparado pelos alunos. Proponha que os alunos participem perguntando:
Quando vai ser?
Onde?
Quem serão os convidados?
Quem são os alunos que vão coordenar a atividade?
Quais os recursos necessários?
Quais serão as atividade realizadas?
Em qual momento o folder será entregue?
Como o conteúdo do folder será trabalhado com os participantes? 

Lembre que é preciso um tempo para mobilizar a comunidade. Os alunos deverão se dividir em grupos - alguns preparam os convites, outros se responsabilizam pela inscrição. É importante que todos estejam envolvidos!

Para a apresentação, os alunos deverão contar um pouco sobre a própria experiência. Peça que contem se alguém já praticava atividade física regularmente ou se alguém que era sedentário dê seu depoimento. Questione também o que aprenderam no desenvolvimento deste projeto e se mudaram os próprios hábitos e dos familiares.
 
6ª etapa 
Reserve este tempo para a aula aberta ministrada pelos estudantes.

 
 
Avaliação 
Observe se os alunos conseguem falar sobre as conseqüencias e os riscos do sedentarismo para a saúde e se conseguem identificar os critérios e princípios básicos para selecionar as atividades físicas mais apropriadas.
Quer saber mais?
Livro
Educação física escolar: do berçário ao Ensino Médio, de Jorge Sergio Pérez Gallardo (136 págs. Ed. Lucerna).

Vídeo
Vídeos sobre a prevenção do sedentarismo e promoção da atividade física e da saúde produzidos pelos pesquisadores do Laboratório de Ciências do Exercício da Universidade Federal Fluminense.
 
Fonte: Revista Nova Escola