Plano de Aula - Educação Física

SUGESTÃO - PLANO DE AULA


Futebol: coisa séria ou diversão?
Publicado por 

Objetivo(s) 
  • Analisar o futebol por uma perspectiva cultural
  • Resgatar a prática lúdica da modalidade 
Conteúdo(s) 
  • História do futebol brasileiro
  • Aspectos lúdicos do jogo
  • Espetacularização e profissionalização do esporte
     
Ano(s) 
Material necessário 
  • Filme "Boleiros - Era uma vez o futebol"
  • Entrevista "Sou um vendedor de emoções" - Revista Veja, edição de 23 de julho de 2014.
     
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Inicie a aula colhendo algumas opiniões da turma sobre futebol. Os alunos consideram o futebol um esporte sério ou apenas um jogo divertido? Há diferenças entre o futebol que se joga na escola e aquele que os craques disputam nos grandes campeonatos? Quais as diferenças entre um e outro tipo? Você pode iniciar a atividade abordando o aspecto "sério" do esporte.
Leia com os alunos a entrevista "Sou um vendedor de emoções", com Galvão Bueno, da edição de 23 de julho de 2014 da revista Veja. Destaque com eles o trecho a seguir:

"Agora virou moda dizer que o futebol brasileiro precisa mudar. Quais as mudanças necessárias, na sua opinião?

Galvão Bueno: No que diz respeito à seleção, acho que deve existir um gestor, um sujeito com experiência e conhecimento do futebol internacional, que saiba como se trabalha na França, na Itália, na Espanha, no Brasil. É alguém para se preocupar menos com o dia a dia e mais com os caminhos a ser seguidos. Na minha opinião, ninguém está mais bem preparado neste momento para assumir essa tarefa do que o (ex-jogador) Leonardo. É um sujeito que fala cinco idiomas, foi campeão na França e na Itália e tem formação de técnico e gestor."

No trecho, identifique com a turma os aspectos ligados à profissionalização do esporte: gestão (administração), vivência internacional, conhecimento das diferentes formas de trabalho com o esporte etc. Mostre que essas são especificidades de do chamado futebol profissional - que movimenta milhões e emprega pessoas com vários tipos de competência. Dê o gancho para a próxima etapa perguntando à turma: todo tipo de futebol é assim? E o esporte foi sempre tratado desse jeito? Encaminhe a reflexão da turma para demonstrar que no esporte, atualmente, uma valorização demasiada do profissionalismo, enquanto o prazer e a diversão ficam em segundo plano.
2ª etapa 
Hora de apresentar à turma o filme "Boleiros - Era uma Vez o Futebol". Em um bar, ex-jogadores de futebol se encontram para relembrar histórias do tempo em que ainda atuavam como profissionais. Entre episódios tristes, engraçados e reflexivos, eles traçam um panorama do esporte mais popular do Brasil sob o olhar ingênuo do passado. "O grande barato de Boleiros - Era uma Vez o Futebol... é valorizar o futebol na nossa cultura", afirma Fábio Luiz D'Angelo, coordenador pedagógico do Instituto Esporte & Educação, em São Paulo.

Uma cena marcante do filme está no episódio contado por um dos ex-jogadores sobre um menino pobre que ganha a chance de treinar com ele em uma escolinha, onde era treinador. Enquanto os outros garotos aprendiam driblando cones, ele já sabia todos os passes (30m00s a 39m35s). Esse episódio é contado por um ex-jogador do São Paulo Futebol Clube e chama a atenção justamente por trazer uma criança como protagonista.

Exiba o trecho do filme destacado e, em seguida, organize um debate com os alunos sobre como se aprende a jogar futebol hoje e como era antigamente. Comente que o futebol não se aprende só com táticas e treinos técnicos, mas também entre amigos.
3ª etapa 
No trabalho em quadra, aproveite para mostrar um outro lado do esporte, mais lúdico e . Apresente brincadeiras tradicionais com a bola, como bobinho, artilheiro e caixote. Estimule o prazer de jogar apenas pela atividade física.
Avaliação 
Incentive a troca de experiências entre os alunos sobre as brincadeiras que eles conhecem que envolvem o futebol. Por meio de uma roda de conversa e pelo envolvimento com os jogos em quadra, verifique se ampliaram seu universo futebolístico, com o aprendizado de diferentes brincadeiras com a bola.

Fonte: Revista Nova Escola.



Como valorizar o companheirismo na prática esportiva com a animação "Carros"


Objetivo(s) 
Valorizar a prática esportiva como uma atividade coletiva e não apenas como competição. Ampliar o repertório de jogos, incluindo os que dependem do coletivo.
Conteúdo(s) 
 
Jogos e brincadeiras, como amarelinha, pular corda e outros, que podem ser compartilhados.
Ano(s) 
Material necessário 
  • Trechos do filme selecionados: cenas em que Relâmpago estoura como astro das pistas (cena 1- 9m23s a 13m40s; cena 2 -16m16s a 19m45s). Cena em que Relâmpago, à frente na última corrida, decide parar e ajudar o seu companheiro mais velho depois de um acidente (1h32m29s a 1h46m04s).
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Relâmpago McQueen é um carro de corridas que tem a ambição de ser o primeiro estreante a vencer a Copa Pistão. Já em sua temporada inicial, se torna um astro, o que o faz acreditar que não precisa da ajuda de ninguém. Sem equipe na última corrida do campeonato, Relâmpago perde seus dois pneus na última volta. Para o professor Fabio Luiz D'Angelo, coordenador pedagógico do Instituto Esporte & Educação, em São Paulo, as crianças são inseridas desde cedo na cultura de que é preciso ganhar sempre. “Pelo contrário, o esporte não é só competição. Carros é um bom estímulo para discutir a cooperação no esporte.”
Comece a atividade exibindo os trechos citados. Organize com a meninada o mapeamento de jogos e brincadeiras realizados em grupo. Divida as crianças em equipes e peça que redijam as regras das modalidades citadas e as ilustrem. Com esse material, construa um painel sobre jogos coletivos indicados pela sala, que pode ser exposto no corredor para a consulta das demais turmas.
Avaliação 
Avalie se as crianças ampliaram seu repertório de jogos e se, durante o intervalo, passaram a brincar com as novas modalidades aprendidas. Analise ainda se elas incorporaram uma rotina de convivência cooperativa.
Fonte: Revista Nova Escola.

Estratégias e fundamentos do futebol


Objetivo(s) 
  • Conhecer a origem do futebol (em que ano surgiu, em que país, onde e por quem era praticado, quais eram as regras básicas da modalidade).
  • Analisar diferentes estratégias de jogo.
  • Praticar o futebol, aproximando-o de elementos de outras modalidades esportivas e das brincadeiras de rua.
  • Aprender alguns fundamentos da modalidade: deslocamentos, paradas bruscas, mudanças de direção, velocidade, agilidade, drible, domínio de bola, passe, chute, desarme, cabeceio etc.
Conteúdo(s) 

  • Futebol: história e evolução da modalidade.
  • Regras básicas e possíveis adaptações da modalidade.
  • Fundamentos do futebol.
  • Possibilidades táticas defensivas e ofensivas.

Ano(s) 
Tempo estimado 
Cinco aulas
Material necessário 
Bolas de borracha, de iniciação esportiva, feitas com meia, de jornal com fita adesiva, de futebol, de futsal com diferentes pesos e tamanhos, garrafas plásticas, cones ou minicones, bambolês e giz.
Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
Para a etapa de pesquisa é importante que a criança com deficiência visual tenha acesso a materiais em braile ou a softwares que possibilitam o acesso à internet, como o Jaws ou o DosVox. Antes das atividades práticas, leve o aluno à quadra para que ele reconheça o espaço. Mostre a ele os limites que serão colocados – como os cones, as traves, os bambolês etc. – e reserve um tempo para que o aluno se acostume. Uma bola com guizo é outro recurso indispensável para que o aluno cego tenha autonomia para jogar e se guie pelo som. No jogo de futepar (na 4ª etapa desta sequência) proponha que as duplas sejam formadas por um aluno que enxerga e outro cego (nas duplas formadas por crianças que enxergam uma das crianças fica com os olhos vendados). Além de trabalharem de mãos dadas, o jogador sem vendas deverá orientar verbalmente o que está vendado.
Desenvolvimento 
1ª etapa 
É bem possível que todos os seus alunos conheçam o futebol e assistam a alguns jogos (ao vivo ou pela televisão). Por isso, antes dessa aula, peça aos alunos que pesquisem em livros, jornais, revistas ou na internet a história, as regras e comece uma discussão a respeito da modalidade aproveitando os conhecimentos que a turma já tem a respeito desse esporte.
Proponha uma conversa inicial sobre a modalidade e solicite que a turma comente o que descobriu na pesquisa feita em casa. Os temas que não devem faltar na discussão são a origem do futebol, as regras básicas da modalidade, os grandes times e jogadores da história.
2ª etapa 
Após a conversa inicial, comente sobre a importância do alongamento para a prática esportiva e, em seguida, proponha uma nova atividade, um alongamento conduzido por você, professor, com sequências de movimentos pré-determinadas e com ênfase nos membros inferiores – mais requisitados durante uma partida de futebol.
Depois do alongamento, sugira à turma uma atividade de transporte, que deverá ser realizada na quadra da escola ou em um espaço dedicado à prática esportiva. Os alunos são divididos em duas equipes, que ganham o mesmo número de bolas para começar o jogo dentro de seus respectivos gols (traves) – ou outra área delimitada, no caso de escolas sem quadra.
Divida a quadra em duas metades (risque com giz ou aproveite as demarcações do futebol ou do futsal) e recomende que cada equipe escolha um gol para iniciar a partida. O objetivo do jogo é transportar o maior número de bolas possível até o gol da equipe adversária.
3ª etapa 
Cada aluno só poderá levar uma bola por vez e a bola deverá ser conduzida com os pés, e não chutada para o gol. É permitido roubar a bola do adversário, desde que ele esteja fora da área. Terminado o tempo de jogo, vencerá a equipe que tiver o menor número de bolas dentro de seu gol. Podem ser feitas várias rodadas e contagem de pontos, dependendo do nível de interesse e envolvimento da turma.
Depois do alongamento e do treino de passe de bola, com a atividade de transporte, proponha à turma o jogo de futepar – uma partida de futebol em que os participantes jogam em duplas e de mãos dadas. Quaisquer lances do jogo - como gol ou desarme - que ocorrerem sem que os jogadores estejam de mãos dadas, não serão válidos. A infração será cobrada pela equipe adversária no local em que ocorrer. Se houver um desarme ilegal da equipe que já se encontra na área do adversário, isto será considerado pênalti, que será cobrado individualmente pelo jogador que foi desarmado de maneira irregular. Na sequência da cobrança, o jogador deverá novamente dar a mão ao seu companheiro. Somente os goleiros atuarão individualmente.
Outra variação possível da partida de futebol é o futebeisebol. A turma é dividida em duas equipes, uma de atacantes (de chutadores) e outra de defensores. Você pode organizar o campo, quadrado ou retangular, delimitado por garrafas plásticas, cones ou minicones posicionados dentro de um bambolê ou delimitar uma área com giz. A equipe defensora se distribui à vontade ocupando o campo de jogo e suas proximidades. Um atacante por vez fará um chute tentando derrubar um ou mais cones. Se conseguir, terá direito a um novo chute. Caso nenhum cone seja derrubado, o atacante dará sequência à jogada tentando derrubar os cones chutando-os, de forma que estes sejam derrubados dentro do bambolê ou do limite da área em que estão posicionados. Cada cone legalmente derrubado somará um ponto para a equipe atacante. O cone será legalmente derrubado quando for atingido pela bola ou quando for chutado e permanecer na área. O cone derrubado com chute será considerado ponto quando uma ínfima parte do cone permanecer, ao menos, sobre a linha da área. Haverá uma sequência de chutadores definida pela equipe atacante que deve ser respeitada.
Para defender, os alunos devem utilizar os membros inferiores ou a cabeça. Caso a defesa desvie ou afaste a bola do cone com um chute para o alto e a bola seja agarrada com as mãos por qualquer defensor, ou se um jogador defensor cabecear a bola em um chute alto do ataque e segurar a bola com as mãos, a equipe defensora passará ao ataque, e o posicionamento em campo será invertido. No caso de um chute rasteiro, a defesa poderá fazer o domínio da bola com os pés e, depois, pegá-la com as mãos para queimar o atacante que tenta derrubar os cones. Caso o atacante seja ‘queimado’, ele para sua ação e os pontos que fez são somados ao placar da equipe.
4ª etapa 
Depois da partida de futebeisebol, oriente os alunos em um alongamento final, que pode ser feito parte individualmente, parte em grupo, com os alunos sentados em roda.
Aproveite a oportunidade para uma conversa final sobre o futebol: que fundamentos e jogadas desse esporte os alunos aprenderam? Que situações de jogo precisam ser trabalhadas com mais ênfase em aulas seguintes?
Com base nas respostas, esclareça dúvidas que ainda restarem a respeito da modalidade e planeje novas atividades para as próximas aulas.
Avaliação 
Observe a participação de todos os alunos durante as etapas de pesquisa, discussão em sala e nas atividades práticas propostas. Espera-se que, ao final da sequência, os alunos saibam mais sobre a origem e as regras do futebol, aprendam alguns fundamentos e jogadas da modalidade e aprimorem suas estratégias de jogo.
Fonte: Revista Nova Escola






Sedentarismo e atividade física



http://www.gentequeeduca.org.br/sites/default/files/styles/155x155/public/logo-emagrece-brasil-2.jpg?itok=mg1w5AcO

Objetivo(s)               

  • Conhecer as reações fisiológicas do corpo humano provocadas pelo sedentarismo e pela falta do exercício


  • Entender as conseqüências e os riscos do sedentarismo para a saúde física e mental como doenças cardiovasculares, ósseas e musculares, degenerativas e emocionais

  • Identificar as boas práticas corporais que podem ser realizadas dentro e fora da escola como prevenção e para a aquisição de um bom condicionamento físico

  • Aprender os procedimentos básicos de treinamento para qualificar a prática da atividade física

  • Valorizar a atividade física e o exercício como fatores que contribuem para a saúde e a qualidade de vida.
    Conteúdo(s) 

  • Sedentarismo, Atividade Física e Saúde

  • Princípios da Teoria do Treinamento Físico

  • Programa de Atividade Física
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    Sete aulas
    Material necessário 

  • Computadores com acesso à internet
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Introdução
    Muito se fala sobre a importância da prática de atividades físicas para a prevenção de doenças e a manutenção de uma boa saúde. Porém as conseqüências do sedentarismo não são difundidas com a mesma intensidade. As aulas de educação física na escola podem contribuir para que os adolescentes compreendam melhor quais são os fatores de risco para a saúde, provenientes do sedentarismo.

    Segundo o médico Dráuzio Varella, "são tantos os benefícios da atividade física, que só existe uma explicação para a vida sedentária que a maioria das pessoas leva: praticar exercícios vai contra a natureza humana". Diz o Dr. Dráuzio que o ser humano tem uma tendência a não desperdiçar energia, mas a vida dita "moderna" tem nos feito "acumular" energia e, consequentemente, acumular "doenças" graves e degenerativas. Qual a saída? Movimentar-se mais e com qualidade!

    O desafio da escola, mais precisamente da educação física escolar, está em motivar as crianças e os jovens para a prática da atividade física. O que se vê normalmente é que os adultos têm consciência sobre a importância do exercício, mas não o praticam; Já as crianças e os jovens normalmente gostam das aulas de educação física, praticam as atividades propostas, mas não adquirem a consciência e o conhecimento necessários para continuar se exercitando quando saem da escola. Neste plano de aula os alunos terão a oportunidade de aprender mais sobre as reações provocadas no corpo humano pelo sedentarismo e construir conhecimento para encontrar o equilíbrio entre o "saber" e o "fazer", ou seja, se motivar para incorporar na sua rotina diária a prática de exercícios e atividade física.

    É preciso cuidar para que os espaços estejam organizados antes do início das aulas. Ao longo da sequência didática os alunos vão estudar e praticar diferentes atividades, algumas mais práticas e outras mais teóricas.

    Inicie fazendo um diagnóstico sobre o conhecimento que os alunos possuem sobre o tema e apresente suas ideias e as expectativas de aprendizagem. É importante equilibrar as atividades para que sejam realizadas leituras e reflexões sobre o material teórico e algumas experimentações corporais.

    Nas rodas de conversa iniciais faça algumas perguntas para identificar o conhecimento prévio dos alunos:

Você sabe o que é sedentarismo?
Qual a relação entre sedentarismo e envelhecimento?
Quais as conseqüências do sedentarismo para a saúde física e mental?
Quais as atividades que envolvem esforço físico praticadas pelos alunos dentro e fora da escola? Qual a freqüência e a intensidade?
Quais são as mais "queridas" do grupo? Quais gostariam de praticar e conhecer melhor?
Quais gostariam de praticar como atividade regular?



Não se esqueça de registrar as respostas no seu diário de bordo. As perguntas podem ser entregues em forma de questionário e os alunos podem respondê-las com o auxílio de recursos como textos e sites na internet, como o site da revista Saúde!

Organize as respostas em um painel ou em slides e apresente aos alunos. Este é o momento de "chocar" o grupo sobre as conseqüências de uma vida sedentária.

A sugestão é que a turma conheça as consequências e os riscos do sedentarismo para a saúde (envelhecimento precoce, doenças cardiovasculares, ósseas e musculares, degenerativas e emocionais). Os alunos precisam ser motivados para a importância da atividade física bem feita como um fator de prevenção. É importante que eles saibam que não existe milagre e que um bom programa de exercícios pode ser pensado a partir das atividades já praticadas no dia a dia, dentro e fora da escola.

Neste momento, abra um espaço para as primeiras experiências práticas e inicie a conscientização sobre o que é uma boa atividade física e qual sua regularidade, intensidade, continuidade e progressão. Vale lembrar que as diferentes práticas da cultura corporal (jogos, esportes, ginásticas e atividades físicas, danças e lutas) e as atividades do dia a dia (caminhadas, skate e bicicleta, por exemplo) podem e devem ser consideradas.

Para finalizar esta etapa a sugestão é selecionar, junto com os alunos, as atividades da próxima aula e iniciar a organização e o planejamento. Boas estratégias podem ser a introdução do "Quadro de Práticas e Praticantes", que serve para classificar as atividades, introduzir os princípios do treinamento e contribuir para que cada aluno possa iniciar um projeto pessoal de atividade regular.
 

2ª etapa 

Comece apresentando o cronograma de trabalho, que deve ter sido produzido com aproveitamento das sugestões feitas na aula anterior. Explique aos alunos que durante uma semana eles deverão fazer atividades corporais para compreender a relação entre o sedentarismo e doenças como diabetes, obesidade, hipertensão e infarto.

O foco deve estar nos benefícios da atividade física e o desafio será relacionar as consequências do sedentarismo para a vida dos jovens também no presente. Um bom caminho pode ser falar sobre os sintomas causados tanto pelo sedentarismo, como pela atividade física bem feita.

Esta é a oportunidade para ensinar os alunos a qualificar um programa de atividade física. Inicie entregando um "Quadro de práticas e participantes", uma tabela que deve conter atividade, objetivo (para diversão, para condicionamento físico), dias da semana, duração, intensidade (forte, moderada) e com quem (se com amigos da rua, sozinho etc).
 

3ª etapa 

Após uma semana, os alunos devem trazer seus registros e o professor (com a ajuda do grupo) organiza um quadro síntese com as principais informações coletadas. Este será o ponto de partida para organizar os hábitos da turma, comece a discussão com perguntas como estas:

Quais são as principais atividades praticadas pelo grupo?
Quanto tempo, em média, o grupo investe semanalmente para a prática do exercício?
Como estas práticas se caracterizam com relação à duração e intensidade?
Onde são realizadas as atividades físicas? Quais delas são realizadas na escola?
Elas têm como objetivo o lazer e a saúde?
As pessoas praticam sozinhas, em grupo, com amigos?



A partir das informações da tabela, os estudantes e o professor podem selecionar as atividades que serão praticadas na escola. Devem ser escolhidas aquelas que motivem os alunos e que respeitem alguns princípios da teoria do treinamento. Se falamos de saúde e condicionamento físico é importante selecionar as atividades que sejam inclusivas e de possível participação de todos.

Trabalhe também os princípios do treinamento: especificidade, esforço, sobrecarga, continuidade, regularidade, progressão e recuperação. Os alunos precisam entender que para um bom condicionamento físico é preciso relacionar na medida certa frequência e intensidade.
 

4ª etapa 

Reserve as aulas 4, 5 e 6 para a prática escolhida e oriente sempre que necessário, tendo em mente as expectativas de aprendizagem. Ao mesmo tempo em que os exercícios são realizados o grupo deve se organizar para preparar o folder que será entregue à comunidade escolar. A idéia é disseminar os conceitos que envolvem o sedentarismo, as suas conseqüências e a importância do exercício para a saúde. O folder será entregue em uma aula aberta, ministrada pelos alunos na última aula da sequência.

Este folder dever ser escrito com uma linguagem informal e deve responder as seguintes perguntas:

O que é sedentarismo?
Quais as suas conseqüências para a saúde?
Por que fazer atividade física?
Quais os princípios a serem seguidos para qualificar a atividade? Qual a rotina a ser seguida em uma sessão exercício? 


Não esqueça de garantir os recursos e espaços necessários para o trabalho. A sala de informática pode ser utilizada para a pesquisa. Livros e revistas também devem ser utilizados. A turma pode ser dividida em grupos, com responsabilidades diferentes como escrever o texto, ilustras, cuidar da impressão etc.
 

5ª etapa 

Organize com os alunos uma aula aberta para a comunidade escolar, ocasião em que será divulgado o folder preparado pelos alunos. Proponha que os alunos participem perguntando:

Quando vai ser?
Onde?
Quem serão os convidados?
Quem são os alunos que vão coordenar a atividade?
Quais os recursos necessários?
Quais serão as atividade realizadas?
Em qual momento o folder será entregue?
Como o conteúdo do folder será trabalhado com os participantes? 


Lembre que é preciso um tempo para mobilizar a comunidade. Os alunos deverão se dividir em grupos - alguns preparam os convites, outros se responsabilizam pela inscrição. É importante que todos estejam envolvidos!

Para a apresentação, os alunos deverão contar um pouco sobre a própria experiência. Peça que contem se alguém já praticava atividade física regularmente ou se alguém que era sedentário dê seu depoimento. Questione também o que aprenderam no desenvolvimento deste projeto e se mudaram os próprios hábitos e dos familiares.
 

6ª etapa 

Reserve este tempo para a aula aberta ministrada pelos estudantes.

 


Avaliação 

Observe se os alunos conseguem falar sobre as conseqüencias e os riscos do sedentarismo para a saúde e se conseguem identificar os critérios e princípios básicos para selecionar as atividades físicas mais apropriadas.

Quer saber mais?
Livro
Educação física escolar: do berçário ao Ensino Médio, de Jorge Sergio Pérez Gallardo (136 págs. Ed. Lucerna).

Vídeo
Vídeos sobre a prevenção do sedentarismo e promoção da atividade física e da saúde produzidos pelos pesquisadores do Laboratório de Ciências do Exercício da Universidade Federal Fluminense.


Fonte: Revista Nova Escola

Fundamentos do voleibol



Objetivo(s) 

- Conhecer os principais fundamentos e regras do voleibol.
- Praticar atividades relacionadas a esta modalidade esportiva.

Conteúdo(s) 

- Voleibol.
- Origem e evolução da modalidade.
- Regras e fundamentos do vôlei.

Ano(s) 



Tempo estimado 

Uma aula.

Material necessário 

Bolas de iniciação esportiva e/ou de vôlei, rede, corda elástica.

Desenvolvimento 

1ª etapa 

Comece lançando uma pergunta para a turma: o que os alunos conhecem a respeito do vôlei? Eles costumam praticar este esporte fora da escola? Estabelecer uma conversa inicial com os alunos a respeito da modalidade é fundamental para compreender o que eles já sabem. Aproveite este momento para contar à turma mais sobre a origem e a evolução do voleibol e exponha algumas das regras da modalidade.

Em seguida, leve os alunos à quadra da escola e proponha uma atividade de aquecimento, a “rodinha”. Divida a turma em grupos de quatro alunos e organize pequenas rodas, para que cada aluno participe da atividade tocando a bola várias vezes. Utilize bolas de iniciação esportiva, mais leves e macias. O objetivo do jogo é tocar a bola entre os integrantes da roda utilizando os fundamentos do voleibol (toque e manchete), mantendo-a em jogo com maior número de toques possível. É permitido usar os pés para alcançar uma bola distante, e a bola poderá tocar o piso apenas uma vez a cada toque de um aluno. Se a bola tocar o piso por duas vezes consecutivas, a contagem será reiniciada pelo grupo. No final desta etapa, pergunte a cada grupo qual foi o máximo de toques que conseguiram dar na bola. Para finalizar o aquecimento, aumente a complexidade e diga que agora a bola não poderá tocar o piso nem por uma vez. Se isto acontecer, a contagem será reiniciada pelo grupo.

Depois da atividade de aquecimento, sugira um alongamento e explique à turma a importância de alongar-se antes e depois da prática de exercícios físicos. Você, professor, é quem vai conduzir esta atividade. Priorize uma sequência de exercícios para os membros superiores, mais exigidos em uma partida de vôlei de quadra. Dê atenção especial aos dedos, às palmas das mãos, antebraços, braços e ombros, mas não esqueça dos membros inferiores, já que o vôlei também requer deslocamentos e saltos.

Com os alunos devidamente alongados, proponha uma situação de jogo. Divida a quadra em duas metades no sentido de seu comprimento com uma corda elástica amarrada às traves de futsal, de modo que a corda passe e fique apoiada sobre a rede de vôlei (ou seja, a quadra vai ficar dividida em quatro partes). Proponha um jogo de vôlei dinâmico, em quadra reduzida e, também, com número reduzido de jogadores por equipe. Trabalhe, a princípio, com bolas de iniciação esportiva, orientando o bom posicionamento para a recepção, o toque e a manchete.

Para uma turma de 32 alunos, por exemplo, é interessante trabalhar com o jogo 4x4. Assim, metade da turma estará jogando enquanto os quatro quartetos que aguardam no fundo das quadras devem permanecer atentos para entrar em quadra a qualquer momento. Funciona da seguinte forma: a equipe que pontuar permanece em quadra e um novo quarteto (que aguardava no fundo da quadra, do lado oposto) entra no jogo para enfrentá-la. E assim sucessivamente, até que todas as equipes participem.

Nesta etapa, oriente os alunos na prática dos fundamentos do vôlei – os deslocamentos, as paradas bruscas, os saltos, a agilidade, os movimentos de recepção e de levantamento de bola e o ataque (os toques, as manchetes, os saques e as cortadas).

Após a partida, organize um alongamento em grupo, conduzido por um ou dois alunos, sob a sua orientação. Para finalizar, converse com a turma e verifique quais foram os pontos positivos e negativos das atividades e peça que enumerem as situações de jogo e os fundamentos que precisam ser aprimorados em aulas futuras.

Avaliação 

Observe a participação dos alunos ao longo das atividades de conversa, alongamento, aquecimento e durante a partida. É importante que, ao final da aula, a turma saiba contar mais sobre a história do vôlei, reconheça as regras da modalidade e saiba executar alguns de seus fundamentos – o saque, as manchetes, o toque e as cortadas, por exemplo.

Flexibilização 

Para alunos com deficiência física (sem mobilidade nos membros inferiores)
Para incluir os alunos cadeirantes na prática esportiva, proponha uma partida de vôlei sentado com toda a turma, que pode ser feita em cadeiras com rodinhas. Explore e valorize os fundamentos executados com os membros superiores, como os toques e manchetes. Não se esqueça de preparar o espaço da quadra para esta atividade: a altura da rede é inferior à modalidade convencional, tem 1,15 metros de altura do piso em sua parte superior no masculino e 1,05 metros para o feminino.

Deficiências 

Física


Fonte: Revista Nova Escola


Fundamentos e prática do handebol


Objetivo(s) 

  • Conhecer a origem do handebol (distinguir ano e país de origem, quem a criou, onde e por quem era praticada).
  • Aprender as regras básicas da modalidade e suas estratégias.
  • Praticar o handebol com todos os alunos.
  • Aprender estratégias como: postura individual defensiva,
  • deslocamentos com e sem a bola, paradas bruscas, mudanças de direção, identificação de companheiro desmarcado, utilização racional do drible, adaptação à bola e recepção, passe e arremesso. 
  • Aprender a trabalhar em equipe.
    Conteúdo(s) 

  • Origem e evolução do handebol.
  • Fundamentos da modalidade.
  • Regras e definições das estratégias ofensivas e defensivas do esporte.
  • Trabalho em equipe, comunicação e respeito à diversidade.






     
    Ano(s) 
    Material necessário 

  • Coletes, bolas de borracha ou de iniciação esportiva, bolas de handebol, cones, bambolês ou giz.
  • Computadores com acesso à internet, ou jornais e revistas para pesquisa.
    Flexibilização
    Para alunos com deficiência física (sem mobilidade nos membros inferiores)
    Para incluir o aluno cadeirante na prática esportiva, a atividade com o cone pode ser feita com toda a turma sentada em cadeiras com rodinhas. Peça que os alunos sugiram estratégias de defesa e ataque nesta posição e valorize os movimentos dos membros superiores. As cadeiras com rodinhas podem ser usadas também durante a aula 3, na condução da bola entre os membros da equipe.
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Comece descobrindo o que os alunos já sabem sobre handebol. Pergunte se alguém já jogou antes ou se sabe como jogar. Sugira comparações com modalidades mais conhecidas, como futebol, indicando as semelhanças, como o gol e a presença da rede. E mostre também as diferenças, como o ritmo de jogo e a prática de lançar a bola com as mãos. Aproveite para questionar se conhecem algum jogador de handebol ou se já assistiram alguma partida antes.
    Encaminhe os alunos à biblioteca ou à sala de informática e peça para pesquisarem a origem e evolução da modalidade. Se não houver computadores disponíveis, faça uma pesquisa prévia e leve revistas e jornais para os alunos. Uma sugestão é o site da Federação Paulista de Handebol, que conta a história do esporte. Antes do fim da aula, peça que todos compartilhem o que descobriram.
     
    2ª etapa 
    Inicie propondo um aquecimento chamado "Quadrado de fogo". Delimite uma área, pode ser com quatro cones, e explique que todos os alunos devem ficar dentro deste quadrado, exceto um, que começará com a bola do lado de fora. Explique as regras para todos os alunos. Diga que o jogo funciona como uma queimada. Quem está fora do quadrado tenta "queimar" um jogador de dentro. Caso a bola seja agarrada por alguém dentro do quadrado ou que permaneça nesta região, deverá ser lançada para fora. Quando o primeiro aluno for "queimado", ele irá para fora do quadrado e o aluno que o "queimou" entrará no quadrado. A partir daí, ninguém mais entrará. Cada aluno que for "queimado" sairá do quadrado e ajudará a "queimar" os que lá dentro estão até que reste apenas um - o sobrevivente. O desafio final será a turma toda tentar queimá-lo. Se a turma for muito grande, uma ou mais bolas podem ser, gradativamente, acrescentadas ao jogo.

    Em seguida, converse com os alunos sobre a importância do alongamento para a prática esportiva. Oriente a execução correta e uma sequência adequada focada nos membros inferiores, ombros e costas, partes do corpo solicitadas durante a aula e nos jogos de handebol.

    Para treinar algumas estratégias de defesa e ataque, forme uma roda ao redor de um cone posicionado dentro de um bambolê ou em uma área delimitada com giz no centro da quadra. Dois alunos devem ficar na posição de defesa, se deslocando para proteger o cone, enquanto quem está na roda tenta arremessar a bola e derrubar o cone. Quem derrubar o cone irá para o centro da roda com quem havia feito a tentativa anterior e ambos se tornarão defensores. Os que defendiam assumem uma posição na roda, passando a atacantes. Conforme o desenvolvimento da atividade acrescente mais uma ou duas bolas ao jogo. Finalize alongando mais uma vez.
     
    3ª etapa 
    Em quadra, conduza o alongamento com foco nos membros inferiores, ombros e costas. Divida os alunos em duas equipes. As redes deverão ser ocupadas, cada uma por dois alunos, um de cada equipe. Os demais ficam espalhados ao longo da quadra. O objetivo é fazer no mínimo dez passes entre os companheiros, a partir do centro. Feito isso, o grupo marcará um ponto. Avise que o drible não será permitido. Quem conseguir continuar com a posse da bola e fazê-la chegar até o companheiro de equipe que está dentro de qualquer uma das áreas, marca um ponto adicional.

    O aluno que receber a bola dentro da área terá direito a um tiro de 7 metros (uma espécie de pênalti no handebol) e o integrante da equipe adversária que ocupa a mesma área tentará defendê-lo. Se o tiro de sete metros for convertido, a equipe marcará mais um ponto. No caso de as possibilidades de pontuar se esgotarem, o jogo será reiniciado no centro da quadra pela equipe que sofreu o ponto. Se a equipe defensora recuperar a bola devido a uma infração do ataque, o jogo prosseguirá com a cobrança da infração no ponto mais próximo em que esta ocorrer. Termine com o alongamento.
     
    4ª etapa 
    Comece orientando o alongamento da turma, com foco nos membros inferiores, ombros e costas. Então, proponha um jogo em que a cada 5 ou 6 pontos marcados pelo ataque ou pela defesa, as funções se invertam. Os gols contam pontos para o ataque, enquanto que as defesas feitas pelo goleiro sem possibilidade de um novo arremesso e as bolas recuperadas, contam pontos para a defesa. Pode-se combinar um esquema para o rodízio dos goleiros como, por exemplo, o atacante que perdeu a última bola ou realizou um último arremesso defendido pelo goleiro assume esta função. No final, sugira que os alunos que terminaram o último jogo na função de goleiros conduzam o alongamento, com supervisão do professor. Corrija possíveis erros e destaque a importância de alongar corretamente para evitar dores e lesões.

    Avaliação 
    Observe a participação de todos os alunos durante as etapas de pesquisa, discussão em sala e nas atividades práticas propostas. Espera-se que, ao final da sequência, eles saibam mais sobre a origem e as regras do handebol, aprendam alguns fundamentos e jogadas da modalidade e aprimorem suas estratégias de jogo.
    Fonte: Revista Nova Escola
    Badminton na escola
    Objetivo(s) 

  • Ampliar o repertório esportivo, a cultura esportiva e corporal, 
  • Conhecer e aprender a jogar o badminton levando em conta a estrutura necessária, as regras, os equipamentos e as habilidades necessárias - mais precisamente o rebater
    Conteúdo(s) 

  • Badminton: regras, história, habilidades e elementos envolvidas.
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    4 aulas
    Material necessário 
    Raquetes, petecas, redes, cordas elásticas, elásticos, giz e equipamento audiovisual. Caso a escola não possua os equipamentos oficiais, é possível construí-los com material reciclável ou adaptá-los. As petecas podem ser feitas com uma tampinha de garrafa pet envolvida em meia folha de jornal ou ainda com bolinhas de isopor, palitos e um pedaço de sacola plástica (que deve envolver os palitos). As raquetes, com cabides de arame e meia-calça - basta fazer o formato da raquete de badminton e colocar a meia, bem esticada, para fazer as vezes de tela.
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Inicie a aula com uma rápida introdução das suas expectativas para o dia, que é apresentar um esporte para a turma, o badminton. Faça um diagnóstico do que os alunos sabem sobre o esporte. Eles conhecem esse esporte? Têm alguma ideia sobre como é jogado? Se alguém souber algo, peça que explique aos colegas. Convide, então, a classe a conhecer um pouco desse esporte.
    2ª etapa 
    Exiba um vídeo sobre o badminton. Um bom exemplo. Pesquise outros materiais interessantes para essa apresentação inicial também no site da Confederação Brasileira de Badminton. Depois, pergunte se a garotada identificou os principais elementos do esporte. E as regras? Qual é a estrutura do campo de jogo? Quais os equipamentos necessários para jogar? Como se joga? Quais as habilidades básicas necessárias? Quais as formas mais utilizadas para rebater a peteca? Peça que todos registrem o que aprenderam até então.
    3ª etapa 
    Convide os alunos para jogar badminton. Primeiramente, envolva-os no processo de confecção e separação do material. É importante ter um grande número de raquetes e petecas. Se possível, uma raquete para cada aluno.
    4ª etapa 
    Dê início ao primeiro momento de experimentação. Durante 15 minutos de aula, estimule as possibilidades de prática com a raquete e a peteca. Reforce para a turma que, como visto no vídeo, a rebatida é uma habilidade importante a ser desenvolvida e deve ser bastante trabalhada no badminton. Proponha desafios motores como: rebater várias vezes sem perder o controle da peteca, rebater a peteca cada vez mais alto, rebater parado e em movimento, rebater a peteca andando e correndo, na horizontal e na vertical, rebater a peteca um para o outro, por cima da rede etc.
    5ª etapa 
    Divida a turma em duplas, quartetos e sextetos. Peça para os alunos construírem campos de jogo utilizando o giz, as redes e as cordas elásticas. A ideia é que sejam realizadas partidas de badminton na configuração 1x1; 2x2 e 3x3. As regras podem ser adaptadas a partir das necessidades de cada grupo (tamanho do campo, altura da rede, local do saque, e quantidade de jogadores). Neste momento, circule pela quadra e faça interferências para ajudar a turma nos movimentos. Mostre as formas de rebater, recorde e explique as regras, contribua na estruturação e organização das equipes etc.
    Avaliação 
    Organize uma roda de conversa com o grupo e procure avaliar como foi a vivência. Lembre-se de que uma boa roda de conversa sempre tem boas perguntas. Alguns exemplos: A vivência possibilitou jogar badminton? Quais as dificuldades encontradas? Tivemos um bom tempo de prática? O vídeo e as informações iniciais ajudaram a jogar? Vocês conseguiram rebater a peteca com precisão e boa coordenação? O que é necessário para uma boa rebatida?
    Flexibilização 
    O desenvolvimento da coordenação motora em alunos com deficiência intelectual pode ser mais lento. Por isso, é importante ampliar o tempo de realização de algumas etapas da sequência e flexibilizá-las de acordo com as habilidades do estudante - simplificar as regra da partida ou diminuir a velocidade do jogo são algumas das alternativas. Você também precisa aproximar a prática do badminton à realidade do aluno. Mostre vídeos com pessoas jogando e deixe que o aluno se familiarize com os objetos utilizados na partida antecipadamente. O trabalho em duplas ou em pequenos grupos pode ser muito saudável para o aluno, desde que ele mostre o que é capaz de fazer. O aluno com deficiência não pode ser tratado como "café com leite". E conte sempre com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE).
    Deficiências 
    Intelectual
    Fonte: Revista Nova Escola




Escola e Inclusão: Vivenciando Novas Práticas






JUSTIFICATIVA:




É de conhecimento público que no panorama político educacional nos deparamos com a problemática da “inclusão” de indivíduos com deficiência na sociedade.


No âmbito escolar tal problemática, muitas vezes, é abordada a partir da presença de um aluno com necessidades especiais, sem uma reflexão prévia sobre possíveis ações pedagógicas viáveis ao respeito público.


Entretanto, professores de Educação Física acreditam ser pertinente promover vivências corporais para todos sem quaisquer distinções, a fim de favorecer o enfoque da educação integradora, capacitando realmente as escolas para atender todas as crianças.


Ainda é de responsabilidade dos professores de Educação Física que a inclusão dos portadores de deficiência aconteça nas escolas de forma “natural”. Por meio de práticas corporais adaptadas, os alunos podem perceber as dificuldades/limitações desse público sem discrimina-los, além de conhecer regras e fundamentos de esportes já praticados pelos mesmos, podendo reproduzir as práticas e/ou produzir novas possibilidades de ação no brincar.


Neste sentido, a Educação Física, enquanto área de conhecimento também se responsabiliza pela inclusão dos portadores de necessidades especiais nas escolas e na sociedade em geral, mesmo que indiretamente, por meio de vivências adaptadas, práticas de um corpo ativo e mobilizador do seu espaço. Salvo as especificidades da área da Educação Física, compromete-se em viabilizar a compreensão sobre as diferenças individuais e a cultura corporal no/do movimento.




OBJETIVOS:


  • Compreender os desafios das aulas de Educação Física para deficientes físicos e sensoriais no ambiente escolar;
  • Problematizar as situações de locomoção provenientes do ser deficiente físico e/ou sensorial;
  • Vivenciar práticas corporais adaptadas para deficientes físicos e/ou sensoriais que viabilizem o aprimoramento de habilidades específicas, tais como, percepção sensorial auditiva, espaço temporal, lateralidade;
  • Vivenciar esportes paraolímpicos: goalbol, basquete para cadeirante e vôlei sentado;
  • Promover a integração entre os alunos e portadores das deficiências físicas e/ou sensoriais.
    CONTEÚDOS:
    Unidade I (06 aulas) – Corpo, Movimento e Deficiência Visual
    A priori realizar exposição de aspectos da deficiência visual apresentando suas características, no contexto social, bem como sensibilizar para os problemas que norteiam a orientação e mobilidade no espaço escolar.
    Após a apresentação inicial sobre deficiência visual aplicaremos jogos e brincadeiras com intuito de por meio dessas atividades lúdicas, trabalhar habilidades como: percepção sensorial auditiva, espaço temporal e lateralidade, que culminam na compreensão e execução de regras e fundamentos dos esportes paraolímpicos para deficientes visuais.
    Unidade II (06 aulas) – Corpo, Movimento e Deficiência Física
    Inicialmente expor aspectos da deficiência física apresentando as respectivas características no contexto social, enfatizando limitações próprias desse público e do espaço físico/estrutural da escola.
    Por conseguinte, ensinar aos alunos jogos específicos da deficiência física (cadeirantes), como o basquete e o vôlei sentado. Nesse momento, os alunos poderão reproduzir e repensar sobre possibilidades de regras das vivências propostas.
    PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
    As unidades iniciarão com a exposição das temáticas propostas, concretizada em apenas uma aula para cada deficiência.
    Ocupando os espaços externos (quadra e espaços alternativos) aplicaremos jogos e brincadeiras. Consecutivamente os alunos vivenciarão os esportes paraolímpicos para deficiência visual e deficiência física.
    RECURSOS DIDÁTICOS:


  • Bolas de vôlei, basquete, com guizos;
  • Cones, colchonetes, rede de vôlei, vendas;
  • Cadeiras de rodas, TNT, data show, DVD.
    AVALIAÇÃO:
    Ao término de cada unidade os alunos deverão elaborar uma redação sob a orientação do professor acerca dos conhecimentos apreendidos nas aulas de Educação Física.
    Analisar se os alunos conseguiram atingir os objetivos propostos por meio de relatórios desenvolvidos pelos professores, sobre as aulas desenvolvidas.


SUGESTÃO - PLANO DE AULA COM FLEXIBILIDADE - DISCIPLINA EDUCAÇÃO FÍSICA






Ritmos brasileiros




Objetivo(s) 


  • Conhecer as diferentes nuances que compõem o ritmo musical (duração, intensidade e tonalidade);
  • Interpretar corporalmente os diferentes ritmos brasileiros;
  • Criar ritmos e expressões corporais com base nas canções escolhidas. 
    Conteúdo(s) 
    A dança, o ritmo e suas nuances: forte e fraco, simétrico e assimétrico, agudo e grave e rápido e lento.
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    3 aulas
    Material necessário 


  • Instrumentos musicais (tambor, berimbau, pandeiro, flauta, atabaque etc.);
  • CDs de músicas brasileiras (samba, maracatu, frevo etc.);
  • DVDs de apresentações musicais e de dança;
  • Aparelhos de som e de DVD. 
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Depois de realizar um levantamento sobre os ritmos e as danças mais presentes na cultura do local, da escola e da comunidade, retome-os numa roda de conversa. Apresente aos alunos dois ritmos ou duas danças que fazem parte desse universo. É interessante trabalhar com exemplos bem diferentes nas variáveis musicais - letra, melodia, intensidade, tonalidade etc. Leve para a sala fotos de alguns instrumentos utilizados nessas manifestações artísticas e, em seguida, exiba fotos e vídeos de espetáculos pertencentes aos temas selecionados. Deixe que os alunos escolham um. Com base no eleito por eles, proponha a realização de uma vivência rápida. Sugira uma interpretação livre da música e faça algumas paradas e perguntas do tipo: como é caracterizado esse ritmo na nossa cultura? De que manifestação da dança estamos falando? Quais os instrumentos utilizados? Como são os movimentos dessa dança? Vocês conhecem esse ritmo? Como podemos descrevê-lo?
    2ª etapa 
    Tenha em mãos alguns instrumentos musicais utilizados na dança escolhida pelos estudantes. Eles serão convidados a se expressar corporalmente com base nas nuances de sons e ritmos sugeridas pelos instrumentos: graves e agudos, fortes e fracos, rápidos e lentos e simétricos e assimétricos. Estimule a garotada a perceber a relação entre eles e os tipos de movimento e de expressão corporal. Exemplo: quais os movimentos que se relacionam com os sons fortes? Como nos expressamos (dançamos) quando o ritmo é lento? Como dançar em músicas com progressões bastante assimétricas? 
    3ª etapa 
    Divida a sala em grupos de quatro ou cinco alunos e peça que cada um deles construa uma minicoreografia com base nas vivências realizadas. Deixe os instrumentos, o aparelho de som e os CDs ao alcance de todos para que possam explorar movimentos em função da música. Sorteie um ou dois grupos para apresentar as coreografias.
    Avaliação 
    Numa roda de conversa, verifique se a turma identifica as nuances que compõem os ritmos das diferentes danças e se compreende as características das manifestações da cultura local. Em termos de conteúdo, os alunos devem saber que existem diferentes formas de expressão corporal para cada um dos ritmos e que há coerência entre os movimentos e as nuances de ritmos das diferentes danças.
    Flexibilização 
    1ª etapa 
    Flexibilização de tempo 
    Acrescente para todos a experiência tátil de sentir as vibrações. Proponha que coloquem as mãos sobre as caixas de som e distingam o tempo musical por meio de vibrações mais fortes e mais fracas. Dê atenção individual para ajudar o aluno surdo na atividade. Assim ele poderá dançar sentindo as vibrações e não apenas copiando os gestos dos demais.
    Flexibilização de recursos
    As imagens, tanto de fotos como de vídeos, facilitam a compreensão por parte dele. O intérprete de Libras pode transmitir as discussões e os comentários sobre as imagens.
    2ª etapa 
    Flexibilização de conteúdos 
    As associações são priorizadas pelo movimento e não pelo som. Inclua questões que valorizem a identificação visual.
    Flexibilização de recursos 
    O aluno surdo pode receber as explicações em Libras. Utilize imagens e cenas de dança.
    3ª etapa 
    Flexibilização recursos 
    Para marcar os passos, utilize gestos e conte o tempo com palmas. Observando os colegas ouvintes e com a ajuda deles, o aluno surdo dança também.
    Flexibilização de tempo
    A atividade pode ser repetida ou reforçada na sala de recursos no contraturno.
    Deficiências 
    Auditiva
    Fonte: Revista Nova Escola
    Basquete
    Objetivo(s) 
    - Conhecer as diferentes formas de arremesso do basquete e sua evolução através dos tempos (gancho, bandeja, jump, três pontos etc.).
    - Praticar o arremesso e identificar qual a melhor forma de acertar a bola na cesta nas diferentes situações do jogo.
    - Compreender que na maioria das atividades esportivas existem diferentes formas de alcançar o mesmo objetivo.
    Conteúdo(s) 
    - Basquete e arremessos.
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    Uma aula.
    Material necessário 
    Bolas de diferentes pesos e tamanhos, aros, cestos de lixo grandes e giz.
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Converse com os alunos (com base em pesquisa feita anteriormente) sobre as várias formas de arremessar a bola na cesta no basquete. Identifique com eles como e quando são feitos esses lances, de acordo com diferentes situações. Ofereça fotos e ilustrações mostrando como são realizados os arremessos.
    2ª etapa 
    Organize duplas ou trios e oriente-os a explorar as formas de arremesso. Além de usar as tabelas de basquete, construa cestas com recipientes de lixo gigantes, aros presos nas traves ou na grade da quadra e alvos desenhados na parede, por exemplo. Distribua bolas pequenas, médias, grandes, leves, pesadas etc. e peça que as duplas ou os trios troquem-nas durante a atividade. Dessa forma, todos sentem o tamanho e o peso delas. Coloque obstáculos entre o local de arremesso e a cesta. Opções: aumentar a distância entre os dois pontos, colocar um aluno no papel de marcador, posicionar a cesta a diferentes alturas, pedir que o lance seja feito de olhos fechados, com uma só das mãos e de costas para a cesta.
    3ª etapa 
    Converse com a turma sobre a vivência. Pergunte: qual arremesso foi o mais fácil? E o mais difícil? Qual o mais utilizado? Como uns ajudaram os outros? Peça que o grupo escolha as cinco cestas ou alvos de que mais gostou. Os critérios devem levar em conta o desafio e a possibilidade de sucesso. Questione se os estudantes têm ideias de cestas ou alvos diferentes daqueles já explorados e que possam ser construídos.
    4ª etapa 
    Proponha a realização de um jogo de arremessos. O desafio é que cada membro da dupla ou do trio lance a bola nos cinco alvos escolhidos. A tarefa se completa quando todos acertarem a bola nos cinco alvos. O número de arremessos é livre, assim como o ponto de início. O circuito deve ser realizado duas vezes. As duplas devem registrar o número de arremessos realizados em ambas para cumprir o desafio. Ganha o jogo a dupla que da primeira para a segunda vez conseguir diminuir mais o número de arremessos.
    Avaliação 
    Numa roda de conversa, faça perguntas para verificar se a turma consegue identificar as diferentes formas de arremesso utilizadas no jogo de basquete. O importante é que todos possam reconhecer os arremessos mais apropriados para cada situação de jogo (perto ou longe da cesta, com ou sem marcação, parado ou em deslocamento etc.) Em termos de conteúdo, é fundamental que percebam a existência de diferentes formas de jogar a bola com o objetivo de acertá-la na cesta ou no alvo.
    Flexibilização 
    Flexibilização de recursos
    Promova a análise compartilhada das fotos. Pela linguagem verbal, os colegas relatam ao estudante cego como são realizados os arremessos.
    Flexibilização de espaço
    Leve o aluno com deficiência às diferentes cestas para que ele identifique-as e possa diferenciá-las por meio da experiência tátil (com exceção do alvo desenhado). Para que conheça a tabela original, providencie uma mesa onde ele possa subir para manuseá-la. Providencie um capacho ou material com textura diferenciada e posicione-o na área de onde deve ser feito o arremesso. Depois, leve o aluno até o alvo para que ele calcule a distância antes de jogar a bola. Outra opção: estender um barbante no percurso para as primeiras orientações de mobilidade. Peça que um aluno bata no aro ou no cesto com um bastão ou cabo de vassoura para que o aluno com deficiência se oriente pelo som. Ajude-o a fazer os primeiros arremessos e dê feedbacks - mais para cima, mais para baixo, mais para a direita e mais para a esquerda.
    Repita os procedimentos utilizados na segunda etapa, com o uso do capacho e do bastão. Um colega pode dar novos feedbacks ao aluno cego.
    Deficiências 
    Visual
    Fonte: Revista Nova Escola
    Atletismo
    Objetivo(s) 
    Aprimorar a habilidade de correr com velocidade e boa coordenação motora.
    Ano(s) 
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Peça que os alunos se dividam em duplas, trios ou quartetos. Em um pátio, eles ficam uns ao lado dos outros e, ao sinal do professor ou de um colega, um participante de cada grupo corre o mais rápido que puder, tentando chegar em primeiro lugar a um ponto definido. Quando a primeira bateria terminar, é hora de outros integrantes de cada equipe participarem.
    Esteja atento para que todos tenham a oportunidade de correr e oriente as crianças quanto aos fundamentos da corrida: posição de largada, atenção e concentração, movimentos coordenados de braços e pernas, respiração, olhar sempre fixo à frente etc. Desafie a garotada a correr de formas diferentes (de costas, de lado, num pé só) e diversifique os espaços, aumentando ou diminuindo a distância da pista.
    Avaliação 
    Um bom indicador de que a turma está correndo cada vez mais rápido é o tempo gasto para completar a distância estipulada. Após a realização de algumas corridas, registre o tempo de todos e estabeleça com eles algumas metas. Tome como base a média de velocidade do grupo e defina os objetivos mais viáveis para cada aluno, visando diminuir o seu tempo. Repita várias vezes a atividade e incentive as crianças a registrar e monitorar seu tempo para ver se melhoram suas marcas.
    Flexibilização 
    Os alunos com algum tipo de deficiência física poderão participar desta atividade desde que possam contar com alguém que os auxiliem, seja empurrando a cadeira de rodas, ou apoiando naquilo que for preciso. Ainda assim, é importante considerar o fato de que estarão em situação de desvantagem em relação aos outros.
    No caso de alunos cadeirantes, na maioria das vezes, um simples colega "empurrador" pode resolver o problema, desde que seja rápido (você propor um "teste" antes). No caso de alunos que andam com algum tipo de dificuldade e não contam com o apoio da cadeira, pode-se propor aos corredores das outras equipes que, no momento em que vão disputar com eles, o façam de uma forma diferente, enfrentando um desafio a mais como correr de costas ou de lado, por exemplo. A ideia é diminuir a desvantagem, tentando fazer com que todos enfrentem um desafio com graus de dificuldade e esforço parecidos.
    Mais importante que isso, é compartilhar as ideias entre todos, pedindo sugestões e ouvindo os comentários de todo o grupo. Este tipo de situação tem sua importância na medida em que contribui para que todas as crianças construam gradativamente uma disposição para encarar os próprios desafios e dificuldades de forma criativa e aberta à diversidade.
    Deficiências 
    Física
    Fonte: Revista Nova Escola
    Atividades corporais na EJA
    Objetivo(s) 
    Vivenciar e analisar criticamente as práticas corporais.
    Ano(s) 
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    No caso de alunos com deficiência nos membros superiores, proponha atividades de agachamento, realizadas em duplas. Os dois deverão posicionar-se de costas um para o outro, sentados. Ao comando do professor, a dupla levanta e volta a sentar. É possível, também, pensar em uma atividade menos complexa, o jogo do Vivo ou Morto Maluco, incluindo outras tarefas além das tradicionais. Dependendo do grau de deficiência do aluno, proponha também atividades em forma de circuito com desafios para os membros superiores, sempre trabalhando em duplas ou em trios. Nessas propostas, é possível desenvolver a força do aluno com auxílio e segurança de outros colegas e realizando atividades de isometria, em que o aluno deve suportar uma determinada carga em um bastão adaptado para tal fim.
    Proponha ao grupo realizar exercícios simples de força, como agachamentos para fortalecer os músculos. Pergunte quais as sensações obtidas. Destaque que os exercícios exigiram esforços variados, explicitando o princípio da individualidade biológica e tomando como referência os hábitos de vida de cada um.

    Avaliação 
    Divida os estudantes em trios e peça que indiquem atividades físicas para os colegas. Analise se levam em conta os objetivos de cada um, como perda de peso e ganho de força.
    2ª etapa 
    Pesquisa do movimento

    Objetivos 
    - Identificar o que influencia as pessoas a fazer atividades físicas.
    - Relacionar os conhecimentos dos entrevistados com os hábitos de vida.

    Material necessário 
    Imagens de pessoas praticando atividades físicas, disponíveis na galeria de imagens Pesquisa do Movimento

    Flexibilização
    Para que alunos com deficiência visual possam participar desta atividade, mostre vídeos ou leve para a sala objetos relacionados à prática esportiva - bolas, pesos, corda - para que ele reflita sobre o estilo de vida fisicamente ativo. Na divisão de grupos para os questionários, sugira que o aluno cego entreviste outras pessoas com deficiência para, além de falar sobre a prática esportiva e o sedentarismo, abordar as necessidades das pessoas com deficiência ao exercitar-se. Ao longo da experimentação das práticas corporais, é possível propor para a turma um momento em que todos realizem determinada atividade física com os olhos vendados, para vivenciar as experiências do colega com deficiência visual.

    Mostre para a turma as imagens e converse com ela sobre o movimento, visando a adesão ao estilo de vida fisicamente ativo. O que motiva as pessoas a praticar exercícios? Proponha realizarem uma pesquisa de campo. Oriente a elaboração de questões para praticantes e sedentários. Para o primeiro grupo, as questões devem abordar as razões que levam à prática, os objetivos, as sensações experimentadas e o desempenho alcançado. As perguntas para os não-praticantes devem sondar as razões do comportamento, se possuem alguma experiência e, em caso afirmativo, quais os motivos que os levam a não prosseguir com a rotina. Ajude a turma a fazer uma tabela relacionando os motivos, os objetivos e as sensações, no caso das pessoas praticantes, e as razões das não praticantes. Peça que a turma sugira ações para incentivar o segundo grupo a se exercitar.

    Avaliação 
    Analise as propostas dos estudantes. É importante que as ideias levem em consideração as condições físicas e a idade dos entrevistados.
    Flexibilização 
    Para incluir alunos com deficiência nos membros inferiores, realize atividades com caráter lúdico, em que os braços são explorados. Pode-se começar com a brincadeira do remador, realizada em duplas com um aluno de frente para o outro e suas pernas apoiadas umas nas outras; ambos seguram um bastão e realizam movimentos de vai e vem, para frente e para trás; dependendo do direcionamento da força, é possível alcançar um desenvolvimento muscular dos membros superiores e da região do tronco. Realize circuitos motores em que os alunos rastejarão individualmente sem utilizar a força das pernas (a regra vale para os alunos sem deficiência); e, em duplas, um aluno realiza o exercício enquanto o outro oferece apoio.
    Deficiências 
    Física
    Fonte: Revista Nova Escola
    Conhecendo as lutas na escola
    Objetivo(s) 
    - Diferenciar lutas e brigas.
    - Conhecer os elementos básicos e as técnicas das lutas.
    Conteúdo(s) 
    - Lutas.
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    20 aulas.
    Material necessário 
    Fotos e ilustrações de lutas e brigas, bolas de borracha, corda grande, giz, pregadores, bexigas, fios de barbante e bambolês (para delimitar espaços) e computadores com acesso à internet.
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Converse com os alunos sobre o que eles entendem sobre lutas e brigas, elencando as diferenças. Apresente algumas fotos e desenhos de lutas e brigas para que apontem as características de cada uma. Provoque a garotada com algumas perguntas, como "socos e chutes também são específicos de alguma técnica de luta?".
    2ª etapa 
    Organize a conceitualização definindo com a ajuda da turma cada tema discutido na etapa anterior. Por exemplo, lutas são atividades caracterizadas por regras, que têm segurança, respeito, são um tipo de combate corpo a corpo. Brigas são práticas desregradas, violentas, desorganizadas e, por isso, perigosas.
    3ª etapa 
    Comece as vivências com os elementos básicos das lutas, sempre levantando com a turma em que técnicas eles estão presentes. Vale colocar em cena qualquer atividade que trabalhe com os elementos abaixo, desde que seja possível dialogar com as técnicas e com o conceito da luta. Algumas possibilidades:

    - Equilíbrio e desequilíbrio: desequilibrar o colega que está com um pé só no chão, as mãos fixas, segurando uma bola de borracha.

    - Força: cabo de guerra.

    - Rapidez, agilidade e atenção: acertar com rapidez uma parte do corpo do oponente, que, por sua vez, tenta se defender.

    - Conquista de objetos e territórios: pegar vários pregadores que estão presos no ombro, nas pernas e em outras partes do corpo do colega, que por sua vez tenta se esquivar.

    - Combate: combate com barbantes, realizado em duplas. Cada aluno ganha um pedaço do material e prende uma ponta na cintura. O objetivo é roubar o fio do adversário usando apenas uma mão. O outro braço deve ficar para trás.

    - Reter, imobilizar e livrar-se: o objetivo é desequilibrar o oponente usando os braços e as mãos e segurá-lo sentado no chão durante cinco segundos. Caso ele consiga se livrar antes, o confronto continua.

    Em todas as atividades, é recomendável incentivar os estudantes a usar braço, mão e pé dominante e não dominante também para aumentar o desafio e encaminhar a turma a observar as habilidades corporais com um olhar mais crítico e aprofundado.
    4ª etapa 
    Divida os estudantes em pequenos grupos e proponha que cada um pesquise na internet e em outras fontes confiáveis (como livros especializados, revistas e jornais) uma técnica de luta, seguindo um pequeno roteiro que aborde um breve histórico, principais golpes, imagens, regras básicas, vestimentas, espaço onde ocorrem e países com tradição no tema. Apresente diversas técnicas (como judô, esgrima e caratê) e peça que cada grupo escolha uma. Avise que a finalidade da pesquisa é apresentar para toda a turma o que for aprendido tanto na teoria como na prática. A vivência corporal deve ser vivenciada por todos. Para enriquecer o trabalho, os grupos podem convidar praticantes da modalidade pesquisada para fazer uma demonstração para a comunidade escolar e conversar a respeito da atividade.
    Avaliação 
    No momento das vivências, observe como os aspectos força, agilidade e equilíbrio são explorados e percebidos pelos estudantes. Depois, proponha que reflitam coletivamente sobre as apresentações realizadas, a postura dos componentes de cada grupo ao apresentar o trabalho, a clareza das informações passadas e se foi dada alguma informação inovadora.
    Flexibilização 
    Para que seja possível, desde o primeiro momento, contar com a participação dos alunos com algum tipo de deficiência, atribua a eles algum tipo de responsabilidade, como por exemplo: elaborar um quadro/tabela com os diferentes tipos de luta que serão abordados ao longo das aulas, as características principais, o material necessário, entre outros. Eles podem atuar como informantes, inclusive buscando algumas informações que possam vir a ser necessárias.
    Os alunos cadeirantes, desde que tenham pleno domínio dos membros superiores, têm condições de fazer as tentativas de desequilibrar o colega. Você pode outorgar a eles esta função, possibilitando assim a todos que sejam "testados" em seu equilíbrio.
    Talvez, a partir da 3ª etapa, a participação destas crianças não seja possível. Isso não pode de jeito algum, representar para o grupo e para os próprios alunos com deficiência, um problema. Muitas vezes, a intervenção do educador na construção de um ambiente inclusivo deve acontecer de forma que o grupo todo compreenda que nem todos são capazes de fazer as mesmas coisas da mesma maneira que a maioria. Não pense duas vezes antes de propor no seu grupo um diálogo que aborde este tema. Não ser capaz de realizar algum tipo de movimento não impossibilita ninguém de fazer parte de um grupo. Levante para seu grupo a seguinte questão: "E se a proposta fosse realizar um salto mortal muito complexo? Todos vocês obteriam sucesso?". Peça também a todos que sugiram uma forma de participação para aqueles que estão em desvantagem.
    Por fim, é na 4ºª etapa que podemos ressaltar a participação dos nossos alunos com algum tipo de deficiência. Não deixe de desafiá-los neste momento da mesma forma como desafia os outros. Também é muito produtivo se eles puderem se responsabilizar por uma parte significativa da apresentação teórica.
    Deficiências 
    Física
    Fonte: Revista Nova Escola
    Corrida de orientação e trekking dentro da escola
    Objetivo(s) 
    - Ampliar a cultura esportiva.
    - Conhecer a corrida de orientação.
    - Identificar as diferenças e semelhanças entre a corrida de orientação e as outras modalidades em relação a aspectos como local da prática, velocidade, regras, número de corredores etc.
    Conteúdo(s) 
    - Corrida.
    - Orientação espaço-temporal.
    - Elaboração, leitura e interpretação de mapas.
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    Dez aulas.
    Material necessário 
    Papel, canetas coloridas, cronômetro, garrafas, cordas, bancos de madeira, bambolês, cones, colchonetes e outros objetos que possam funcionar como obstáculos. Textos e imagens sobre a corrida de orientação
    Textos e imagens sobre a corrida de orientação
    Confederação Brasileira de Orientação
    O radical
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Pergunte às crianças o que elas sabem sobre atletismo e esportes que envolvem o ato de correr. Elas conhecem e já praticaram algum? Quais? Já ouviram falar sobre a corrida de orientação?
    2ª etapa 
    Realize algumas das corridas citadas pela turma e organize um registro coletivo por escrito sobre as semelhanças e diferenças percebidas.
    3ª etapa 
    Pesquise textos e imagens sobre a corrida de orientação e apresente ao grupo uma aula expositiva. É importante mostrar um exemplo de mapa. E, se possível, convide um árbitro ou um praticante da atividade para conversar sobre a prática com a turma.
    4ª etapa 
    Proponha aos alunos vivenciar uma adaptação da corrida na escola ou no entorno dela. Para começar a organizá-la, eles devem pensar onde o percurso pode ser realizado (se possível, disponibilize a planta baixa da escola para que visualizem as possibilidades). Depois, é preciso elaborar as regras e traçar um mapa para orientar os competidores. Ele pode ser desenhado no quadro e copiado pelas crianças no caderno.
    5ª etapa 
    Com o mapa pronto, é hora de definir o trajeto a ser percorrido e os obstáculos. É importante também criar as legendas que identifiquem esses elementos. Com a ajuda da turma, organize o trajeto real, respeitando as determinações do mapa.
    6ª etapa 
    Divida a garotada em grupos de três alunos e entregue uma cópia do mapa para cada um. Antes de dar a largada, explique a importância de eles se manterem unidos e respeitarem as regras. Libere um trio de cada vez, com um intervalo de alguns minutos.
    7ª etapa 
    De volta à sala, converse com todos sobre o que acharam da atividade e quais dificuldades encontraram para ler e interpretar o mapa e passar pelos obstáculos.
    Avaliação 
    Peça aos trios que elaborem um mapa para outra corrida. Determine o espaço a ser usado no trajeto e uma seleção de obstáculos a ser incluídos. Analise as produções e faça as alterações necessárias para tornar todas possíveis de serem realizadas. Sorteie um dos mapas e apresente-o aos estudantes para que o trajeto seja organizado por eles. Durante a montagem, observe como eles se relacionam e leem o mapa. Na hora da competição, analise como vencem os obstáculos e quais dificuldades encontram. É esperado que lancem mão dos conhecimentos que adquiriram, principalmente dos referentes à vivência anterior.
    Flexibilização 
    Para trabalhar a corrida com alunos com deficiência nos membros inferiores, certifique-se de que os espaços da escola possuem rampas e apoios para os alunos com deficiência física.
    Ao invés de utilizar os trios, divida a turma em duplas. Oriente o cadeirante para que ele faça a interpretação do mapa e ajude o parceiro que vai percorrer o trajeto.
    No caso de crianças com alguma possibilidade de movimentação dos membros inferiores, sugira que a corrida seja feita com os pares sempre juntos ao longo da atividade. Utilize skates para que os alunos percorram o trajeto sentados. A criança com deficiência pode ajudar na leitura do mapa enquanto seu parceiro impulsiona o skate.
    Para crianças com deficiência nos membros superiores o processo é inverso. Faça com que as duplas percorram o trajeto juntas. Mas, neste caso, é o colega que vai conduzir o mapa e a bússola para o aluno com necessidades especiais.
    Deficiências 
    Física
    Fonte: Revista Nova Escola
    Introdução ao vôlei
    Objetivo(s) 
    - Desenvolver técnicas do vôlei.
    - Reconhecer habilidades e dificuldades em si e nos colegas.
    Conteúdo(s) 
    Fundamentos básicos do vôlei (saque, manchete e toque).
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    Sete aulas.
    Material necessário 
    Papel, canetas, cartolinas, bolas grandes e macias (ou de vôlei), rede ou elástico esticado entre duas paredes, tabela de monitoramento (abaixo).
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Avalie o que as crianças já são capazes de fazer, dividindo a classe em grupos de três ou quatro alunos - que são os times. Siga estratégias criteriosas de constituição das equipes (misture meninos e meninas e crianças mais e menos habilidosas, por exemplo). Organize a aula de forma que seja possível realizar mais de um jogo simultaneamente. Ajuste o número de participantes de cada time de acordo com o tamanho da classe. Uma parte da turma será responsável pela avaliação dos colegas. Os alunos que estiverem nesse momento fora do jogo deverão anotar todos os contatos com a bola que um de colegas realizar. Para isso, deverão utilizar a tabela de monitoramento. Cada fundamento deverá ser registrado em papel. Antes da aula, confeccione tabelas para que cada aluno faça seus registros sobre o colega. Para diminuir a possibilidade de erros de avaliação, envolva-os na construção dos critérios que acharem mais adequados para o que chamarão de "certo" e "errado". Inverta os papéis de jogadores e avaliadores. Ao fim desse diagnóstico, planeje os próximos passos da sequência didática com base nos conhecimentos prévios de seus alunos.
    2ª etapa 
    Organize aulas em que os aspectos mais desafi adores do vôlei possam ser trabalhados e aperfeiçoados. Organize um jogo, em que cada aluno, de posse de sua tabela de monitoramento (avaliação realizada pelo colega na primeira etapa), deverá identifi car quais são suas dificuldades. Supondo que ele constate que suas manchetes são ainda pouco frequentes e a proporção de erro ainda é alta, proponha um critério de pontuação diferente para cada manchete que esse aluno fi zer. Se um fundamento qualquer vale um ponto, toda vez que o aluno realizar uma manchete, sua possibilidade de pontuação duplicará. O objetivo é envolver os alunos na sua própria aprendizagem.
    3ª etapa 
    Divida o espaço disponível de modo que quatro ou seis times joguem ao mesmo tempo e organize o ambiente por fundamentos. Combine com a turma que cada time vai treinar um fundamento. O fundamento combinado valerá determinado ponto pela simples realização ou tentativa de executá-lo. Esse jogo pode ser realizado em três aulas. Se achar necessário, amplie o número de aulas da sequência.
    Avaliação 
    Retome os procedimentos do diagnóstico. Reorganize os times e os avaliadores para identificar os avanços e discuta com os alunos esses resultados. Também vale fazer as suas anotações sobre os alunos em situação de jogo. Compare os resultados do diagnóstico com a avaliação. O número de fundamentos realizados, a habilidade de manter a bola em jogo e os acertos e os erros mostrarão a evolução da turma. Houve avanços? Quais foram eles?
    Flexibilização 
    Para incluir alunos cadeirantes proponha que o vôlei seja jogado com todos os alunos sentados em cadeiras e com a rede colocada em altura compatível. Quando o aluno cadeirante estiver avaliando os colegas, a partida pode ser jogada com os demais alunos em pé. Organize desafios com diferentes graus de dificuldade para o aluno - como jogar a bola com uma das mãos, depois com as duas ou fazer uma manchete - e amplie o tempo de realização de cada uma das etapas, caso julgue necessário.
    Deficiências 
    Física
    Fonte: Revista Nova Escola
    Jogos pré-desportivos
    Objetivo(s) 

  • Desenvolver a habilidade de bater bola;
  • Aprimorar o trabalho em equipe.
    Conteúdo(s) 

  • Habilidade de bater bola;
  • Trabalho em equipe.
    Ano(s) 
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Desenhe com giz um jogo da velha no chão. Peça que as crianças se dividam em duas equipes e separem alguns objetos que possam servir de peças do jogo: chinelos e cadernos, por exemplo. Diga que a proposta é praticar o jogo da velha humano. Disponha no chão os objetos que servirão como peças e explique as regras: uma criança de cada equipe deve andar por determinado percurso enquanto bate a bola e, quando se aproximar de um objeto, precisa abaixar para pegá-lo, mantendo o movimento da bola. Ela deve, então, optar por colocar o objeto em alguma casa do jogo da velha, pensando que o objetivo é alinhar três peças em sequência.
    Avaliação 
    Fique atento a aspectos como nível de participação, principais dificuldades encontradas e capacidade de compreensão das regras. Caso perceba que uma equipe está muito mais forte, sugira uma reorganização dos alunos e uma nova partida.
    Flexibilização 
    Aproveite as oportunidades em que todos os alunos terão que considerar as diferentes possibilidades de realizar uma tarefa, garantindo a participação de cada um. Contar com o apoio necessário é um princípio, e é importante que o papel do parceiro do aluno com deficiência possa ser exercido por todos, que devem se revezar nesta tarefa. No caso de não ser possível bater a bola durante o percurso, podemos sugerir outros desafios pertinentes às possibilidades que cada um apresenta: lançar a bola para seu parceiro e recebê-la de volta ao longo do percurso pode ser uma boa saída. Outra ideia é recolher objetos que lhes são oferecidos por outros componentes durante a trajetória (alguns colegas se organizam ao largo da pista e vão entregando bolas, bandeiras etc., e o aluno deve pegá-los e sustentá-los até o final). Podemos também sugerir que ele faça o percurso apenas segurando o objeto a ser colocado no tabuleiro gigante, enquanto seu parceiro o acompanha batendo a bola.
    Fonte: Revista Nova Escola
    Saúde e qualidade de vida
    Objetivo(s) 

  • Compreender conceitos e procedimentos básicos sobre atividade física, exercício, saúde e qualidade de vida e como eles se relacionam. 
  • Participar de um programa de exercícios físicos. 
    Conteúdo(s) 

  • Treinamento e condicionamento físicos.

  • Conceitos de atividade física, exercício, saúde e qualidade de vida.
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    16 aulas
    Material necessário 
    Computador com acesso à internet e fichas de registro (como a apresentada na 2ª etapa desta sequência).
     
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Converse com os alunos sobre atividades físicas e exercícios. Qual a diferença entre eles? O que é aptidão física e como desenvolvê-la? Saúde e qualidade de vida são a mesma coisa? Quais as semelhanças e diferenças? Quais são as atividades físicas e os exercícios praticados por eles dentro e fora da escola? Qual a periodicidade da prática? Quais benefícios trazem para a saúde? Depois de responderem a essas questões, exponha outras. Quais as práticas mais indicadas para o desenvolvimento da aptidão física? E as melhores para a força muscular, a resistência cardiovascular, a flexibilidade e a manutenção de um peso adequado?
     
    2ª etapa 
    Realize uma avaliação da aptidão física de cada um, mensurando indicadores como o Índice de Massa Corporal (IMC) e a potência aeróbica. Os dados devem ser registrados em fichas (veja um modelo abaixo), que devem ser analisadas no início e no fim da realização do programa. Nelas, também há espaço para anotar as atividades realizadas.
     
    3ª etapa 
    Reúna os estudantes em grupos e oriente-os a pesquisar algum tema relacionado à prática física para a apresentação de seminários. Por exemplo, frequência e intensidade da atividade, aptidão física, práticas mais adequadas a determinada faixa etária e vestimentas necessárias.
    4ª etapa 
    Entregue um roteiro aos grupos com orientações sobre seminários. É importante, por exemplo, que todas as apresentações contemplem informações básicas sobre cada tema. Durante as apresentações, oriente a turma a fazer boas perguntas. Qual a prática mais indicada para um idoso? É verdade que o exercício só funciona quando sentimos dor ao praticá-lo?
    5ª etapa 
    Selecione com os alunos os exercícios mais indicados para proporcionar um bom desenvolvimento da aptidão física (e que possam ser realizados na escola, como futebol, corrida e alongamento) e elabore uma rotina para eles praticarem. Verifique e monitore a qualidade da prática de todos. Tudo deve ser registrado nas fichas de avaliação. Sugira também que eles registrem no caderno percepções subjetivas sobre melhoras do humor e do sono e se notaram o aumento de apetite.
     
    6ª etapa 
    Convide a turma a analisar o entorno da escola. Há espaços adequados para exercícios físicos (como parques e clubes)? Nesse momento, também é interessante levar os alunos a uma academia para conversar com os professores e os frequentadores a respeito dos melhores métodos de treinamento e condicionamento físico.
    7ª etapa 
    De volta à escola, converse sobre mitos e verdades sobre exercícios físicos, o uso de anabolizantes e a prática de esportes em excesso.
     
    Avaliação 
    Mensure novamente o IMC e a potência aeróbica de cada estudante e registre-os nas fichas. Comente as mudanças subjetivas. Analise os resultados com o grupo, avaliando se o tempo de prática e realização do programa foi suficiente para que cada um observasse alguma evolução no nível de aptidão física. Peça que elaborem, individualmente, um folheto informativo, para ser distribuído à comunidade, sobre os procedimentos básicos para a realização de um bom programa de exercícios físicos.
    Flexibilização 
    2ª etapa
    Solicite aos alunos com deficiência um atestado médico que detalhe suas necessidades específicas e dispense os cadeirantes do teste de Cooper.
    3ª etapa  
    Peça que as pesquisas incluam informações das especificidades das práticas para deficientes físicos.
    5ª etapa 
    Adapte os exercícios para os deficientes praticarem também e explique a importância de se alongar para estimular os membros paralisados.
    Deficiências 
    Auditiva
    Intelectual
    Visual
    Múltipla
    Física
    Fonte: Revista Nova Escola
    Vivenciando a capoeira
    Objetivo(s) 
    - Descrever e executar movimentos da capoeira.
    - Conhecer seus contextos de criação e prática.
    - Identificar seus artefatos culturais (roupas, músicas e instrumentos).
    Conteúdo(s) 
    - Vivências corporais envolvendo a gestualidade da prática.
    - As técnicas específicas.
    - A origem e o percurso histórico da manifestação.
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    12 aulas.
    Material necessário 
    Folhas de papel pardo, pincel atômico, aparelho de som, livros, revistas e computador com acesso à internet.
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Peça aos alunos que relatem seus conhecimentos sobre a capoeira. Registre as informações em uma folha à vista de todos. Forme grupos e solicite a demonstração da gestualidade que, na opinião deles, caracteriza a prática. Após cada apresentação, estimule a elaboração de apreciações orais. Tome nota dos comentários.
    2ª etapa 
    Retome a lista feita na etapa anterior e, coletivamente, organize uma classificação: gestos e técnicas corporais da capoeira, informações históricas, nomes dos golpes, funções dos artefatos utilizados, músicas etc. Esses agrupamentos vão nortear o trabalho nas etapas seguintes.
    3ª etapa 
    Use imagens de livros, revistas e sites para mostrar gestos da capoeira da capoeira. Peça que os alunos selecionem algumas técnicas e seus respectivos nomes, registrando-os. Com base nesse roteiro, organize a vivência dos movimentos. Estimule a exploração individual e, em seguida, solicite que usem os gestos no jogo em duplas.
    4ª etapa 
    Retome as informações surgidas durante a primeira etapa ou apresente imagens previamente selecionadas. Discuta a forma com que os capoeiristas normalmente são representados na televisão, nos jornais e nos livros. Apresente filmes e textos com informações que possam desestabilizar eventuais representações estereotipadas sobre a prática. Solicite a elaboração de registros individuais. Cada estudante poderá explicar sua produção. Organize um mural na sala com os textos elaborados.
    5ª etapa 
    Organize uma roda e peça que todos cantem as canções que surgiram na primeira etapa. Caso isso não tenha ocorrido, selecione duas e cante.
    6ª etapa 
    Convide capoeiristas para uma entrevista. Previamente, construa um roteiro de perguntas com os alunos, atentando principalmente para os enfoques identificados na segunda etapa, mas que ainda não foram abordados. Na data agendada, eles devem fazer as questões e registrar as respostas no caderno. Sugira que todos façam uma roda de capoeira para que o convidado possa se apresentar e jogar com a turma.
    Avaliação 
    Divida a turma em grupos e peça que examinem o material coletado, listando as cinco principais descobertas do estudo. O grupo deverá eleger um porta-voz para relatar as escolhas. Leia os seus próprios registros em voz alta e solicite uma comparação oral entre suas posições e as dos alunos.
    Flexibilização 
    Alunos com deficiência física nos membros inferiores participam da roda de capoeira e cantam junto da turma. Eles devem realizar movimentos possíveis com o tronco e os membros superiores. O aluno pode, por exemplo, gingar com o tronco e abaixar para que um colega faça os giros e movimentos com as pernas. Vale colocá-lo em dupla com um colega maior, para facilitar este processo, caso o aluno com deficiência física não tenha muita mobilidade no tronco. Na etapa da entrevista, oriente o aluno a elaborar perguntas sobre os movimentos e técnicas que ele é capaz de executar. Os registros e discussões são feitos normalmente. Não esqueça de preparar os espaços da escola - a sala de aula, a quadra etc. - para permitir o acesso do aluno.
    Deficiências 
    Física
    Fonte: Revista Nova Escola
    Jogo do "pelo cano"
    Objetivo(s) 

  • Criar estratégias de jogo
  • Arremessar a bola com precisão
  • Conhecer as potencialidades e limitações de cada participante
  • Cooperar com os colegas para a solução de conflitos e desafios
    Conteúdo(s) 

  • Jogo com bola
  • Desenvolvimento das habilidades motoras de manipulação
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    De oito a doze aulas
    Material necessário 

  • Bolas de tênis, caixas de papelão e giz.
     
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Proponha que os alunos pratiquem o jogo do "pelo cano". Explique as regras: são dois times com três a cinco jogadores em cada equipe dispostos em um espaço do tamanho de um quarto de quadra. Espalhe três caixas de papelão sem tampa e sem fundo. Ganha ponto quem fizer a bola entrar por um lado e sair pelo outro. O jogador que estiver com a bola não pode andar. Enquanto estiver com ela, deve batê-la ao menos uma vez no chão e realizar no mínimo um passe antes de arremessá-la na caixa. Depois que houver um lançamento à caixa, a posse da bola fica com o outro time.
    2ª etapa 
    Apresente uma nova regra que diversifica o espaço do jogo: retire as caixas de papelão e explique que marcam pontos os times que conseguirem completar cinco passes sem perder a bola. A intenção é que os alunos busquem boas posições para recebê-la ou tentem retirá-la do adversário. 
    3ª etapa 
    Dessa vez, a mudança da regra interfere nos recursos. Utilize caixasde diferentes tamanhos e diga que quem fizer a bola entrar por um lado e sair por outro marcará ponto. A pontuação varia conforme o tamanho da caixa - as maiores valem menos que as menores. Cada equipe vai traçar uma estratégia, levando em conta a relação entre a dificuldade da jogada e a pontuação que pode obter. 
    4ª etapa 
    Para que a turma melhore o passe, apresente uma nova regra: a bola não pode cair no chão durante os arremessos. Quem errar perde a posse da bola. Dessa forma, os alunos ficam atentos à força e à precisão do lance.
    5ª etapa 
    Após algumas aulas, altere os times. Essa diversificação de pessoas faz com que os alunos percebam melhor as limitações e potencialidades de cada um. Além disso, eles criam estratégias quando encontram dificuldades.
     
    6ª etapa 
    Em outra aula, marque o tempo máximo de permanência de cada equipe com a bola. Os jogadores continuam dependendo das estratégias e habilidades anteriores, mas precisam ser rápidos. A variação, nesse caso, é de tempo.
    Avaliação 
    Ao fim de cada aula, questione os estudantes relacionando as perguntas com os objetivos estabelecidos: como deram apoio aos colegas? O que aprenderam sobre a ocupação do espaço? Notaram que os passes melhoraram? Que estratégias adotaram? Faça fichas de observação individuais em cada etapa, relatando os acertos, as dificuldades e o comportamento dos alunos.
    Flexibilização 
    Fazer com que o aluno com deficiência intelectual compreenda regras, mesmo que simples, pode ser uma tarefa difícil. Repita a atividade várias vezes antes de mudar as regras para que ele aprenda qual a lógica do jogo. Respeitando as limitações desse aluno, proponha novas regras - de preferência, associadas a situações que sejam facilmente perceptíveis por ele. O trabalho em equipe e a ajuda dos colegas são muito importantes. Amplie o tempo de realização da atividade e antecipe as etapas do jogo para a criança. Caso o aluno tenha comprometimentos motores que dificultem ainda mais a participação no jogo, sugira que ele seja uma espécie de "juiz". Crianças com deficiência intelectual costumam ter boa capacidade de memorização, especialmente diante da repetição.
    Deficiências 
    Intelectual
    Fonte: Revista Nova Escola
    Conhecer as danças na Educação Física
    Objetivo(s) 
    - Descrever, demonstrar e adaptar danças conhecidas.
    - Conhecer seus contextos de criação e de prática.
    - Identificar a gestualidade das danças e dar significados a elas.
    - Reconhecer a atividade como um patrimônio cultural.
    Conteúdo(s) 
    - Conhecimento sobre a origem e as características das danças.
    - Vivências corporais rítmicas e expressivas.
    - Técnicas específicas das danças vivenciadas pelos alunos.
    Ano(s) 
    Tempo estimado 
    Oito aulas.
    Material necessário 
    Folha de papel pardo e pincel atômico.
    Desenvolvimento 
    1ª etapa 
    Faça um mapeamento das danças conhecidas pelos alunos. Após registrar as informações, peça que os estudantes classifiquem os ritmos citados conforme o local da ocorrência, a época, os trajes, os participantes etc. Convide-os a trazer CDs com músicas que gostariam de dançar. O professor deve fazer o mesmo, considerando os registros encontrados.
    2ª etapa 
    Organize demonstrações das danças citadas individualmente ou em grupo. Convide uma parte da turma a interpretar a manifestação apresentada e discuta as diferentes opiniões. Solicite o mesmo ao grupo que apresentou a dança.
    3ª etapa 
    Distribua a turma em grupos e organize a vivência de três diferentes danças. Os autores das demonstrações na etapa anterior, bem como os eventuais interessados, apoiarão os colegas na aprendizagem das coreografias, uma por vez. Estimule a produção de novos gestos nos grupos.
    4ª etapa 
    Consulte a turma sobre seus interesses. Coletivamente, elabore questões. Exemplos: Qual a origem?, por que se dança desse modo?, o que significam esses movimentos?, por que as pessoas ocupam essas posições? Converse sobre os meios de encontrar as respostas. Algumas delas podem ser obtidas em classe, outras por meio da internet, de livros, de familiares e de amigos. Oriente o formato dos registros (caderno, gravador, máquina fotográfica etc.) e combine uma data para a socialização das descobertas. Isso pode ser feito em pequenos painéis, seminários e exposição de trabalhos.
    5ª etapa 
    Uma parte das informações será obtida com a ajuda de pessoas que estão ou já estiveram em contato com as danças. É possível agendar uma visita a um local onde se dança um dos ritmos sugeridos ou receber convidados para uma entrevista. Assim, os estudantes têm a chance de dialogar com eles e reconhecer outras pessoas como agentes da cultura. Os alunos devem estar preparados para fazer perguntas (Quem participa dessa dança? Como é a aprendizagem? Existem ensaios? Como ocorrem? O que significam os trajes?) e registrar as informações coletadas. Depois, ajude-os a identificar semelhanças e diferenças entre seus conhecimentos iniciais e os recém-adquiridos.
    Avaliação 
    Organize uma conversa com os alunos e identifique possíveis modificações nos modos como concebiam as danças estudadas. Proponha uma análise coletiva dos registros e peça que todos falem sobre eventuais mudanças no modo de ver as danças.
    Flexibilização 
    Alunos com deficiência intelectual costumam aprender melhor com a repetição de atividades. Por isso, antes de dar início à sequência didática, recomende que ele entre em contato com diferentes danças no contraturno, na sala de recursos. Apresente filmes e figuras. Também vale questionar quais são as músicas favoritas do aluno. Caso ele apresente dificuldades para expressar preferências, faça com que ele escute diferentes estilos musicais e indique quais mais gostou. O aluno com deficiência intelectual também pode participar das demonstrações de dança. Amplie o tempo da atividade para que ele ensaie com os colegas. Se ele tiver algum comprometimento motor, pode ser conduzido por um colega. Sugira que o aluno com deficiência intelectual também ensine gestos à turma nas vivências de diferentes danças. Amplie o tempo da etapa de pesquisa, pois é importante que o aluno repita ações e estabeleça relações com o cotidiano (pesquisar com a família, por exemplo, é uma boa alternativa). A visita a um local onde se dança vai ajudar muito o aluno com deficiência intelectual. Estimule-o a dar sua opinião e a fazer perguntas. Avalie se ele evoluiu nos conhecimentos que tinha da dança e conseguiu acompanhar alguns dos movimentos.
    Deficiências 
    Intelectual
    Fonte: Revista Nova Escola

Nenhum comentário:

Postar um comentário